domingo, 26 de julho de 2009

Nada sobre meu Pai


Achei interessante essa reportagem, até porque no segundo domingo de agosto é dia dos pais. Acho que já fui menos resolvida nessa questão, no entanto reconheço que não ter tido um pai reconhecido por muitos anos na minha certidão alterou em muitas formas as minhas escolhas e o modo como vejo a vida...



"A cada ano, nascem 700 mil crianças no Brasil de “pai desconhecido”. Filhos de homens que não quiseram reconhecê-los como seus. No Dia dos Pais, quase 30% dos brasileiros não saberão a quem dar um presente ou homenagear. Nunca souberam. A maioria dos “filhos só da mãe” nem sequer sabe o nome do pai, nunca viu uma foto, e nem tem certeza se está vivo. Muitos buscam em vão o reconhecimento na Justiça.
Histórias de rejeição e ausência paterna estão sendo filmadas no documentário Nada sobre meu pai, da cineasta Susanna Lira. O título é referência ao filme de Almodóvar Tudo sobre minha mãe. Susanna, de 34 anos, é filha de pai desconhecido. Mas não foi por isso que embarcou nesse filme.
“Fui criada por uma mãe forte, guerreira, que me contou tudo desde que eu tinha 2 anos”, me disse Susanna por telefone, de Salvador, onde filma no momento. “Meu pai, equatoriano, tinha 19 anos quando minha mãe engravidou, era envolvido com política. Deu dinheiro para ela abortar. Ela não quis. Isso nunca foi uma grande questão para mim. Mas minha filha, ao desenhar a árvore genealógica na escola, insistiu em saber quem era o avô materno, os bisavós. E aí eu decidi fazer o filme. Percebi que essa lacuna pode aparecer até em outra geração. Pelos depoimentos que registrei, compreendi como o desconhecimento do pai causa feridas profundas. Encontrei crianças e adultos em frangalhos com essa ausência. Eles buscam o pai a vida inteira.”
No Rio de Janeiro, um preso que Susanna entrevistou compara a vergonha da prisão à vergonha de não saber quem é seu pai. Em Porto Alegre, um menino de 13 anos vive com a mãe, que se desdobra para suprir tudo sozinha. Mas ele sente falta: “Queria meu pai pra jogar bola comigo”. Em São Paulo, um montador de cinema sabe que o pai mora na esquina de sua rua – mas nunca conseguiu que o reconhecesse.
Nas classes sociais mais altas, a mãe se organiza, o filho faz terapia. Na periferia, a ausência paterna é uma luta. A mãe solteira e pobre trabalha muito fora. O menino fica na rua, vulnerável, à mercê de más influências. Na pesquisa, Susanna descobriu que 80% dos jovens infratores não têm o nome do pai na certidão.
Um filme mostra os dramas da rejeição: 80% dos jovens infratores não têm o nome do pai na certidão
As mães pobres costumam ser mais orgulhosas, mesmo quando passam fome. Sobre o homem que se ausentou, dizem: não quero ele para nada. Elas podem não precisar, mas os filhos precisam. Talvez devessem revelar o nome para o Ministério Público.
A busca do reconhecimento da paternidade é árdua. A consultora de Susanna no documentário, a filósofa e socióloga Ana Liese, acaba de escrever o livro Em nome da mãe – o não reconhecimento paterno no Brasil, com estimativas e dados impressionantes sobre esse drama nacional. Ana conversou comigo por telefone, de Brasília. “Se o pai se nega a dar o nome na hora do registro, só um em cada dez reconhecerá aquele filho espontaneamente em toda a vida.” Quando o Ministério Público pressiona, apenas 30% acabam reconhecendo. O prefácio do livro de Ana leva o título “Um país de filhos da mãe”.
Por uma questão cultural, o Estado brasileiro também sabe pouco sobre o pai. O certificado preenchido na maternidade é o primeiro documento dos 3 milhões de brasileiros que nascem por ano. Segundo Ana, há uns 15 campos com dados sobre a mãe. E nenhum sobre o pai. “Quase não temos dados oficiais sobre o pai no Brasil. Quem ele é, em que faixa etária se torna pai. Sobre as mães, sabemos quase tudo”, diz a socióloga.
O documentário de Susanna não será um filme de “protesto contra os pais desertores”. Ela almeja revelar “histórias de amor que querem e podem ser vividas”. Susanna quer fazer um convite amoroso para o homem viver a paternidade plenamente, mesmo casado ou separado. Porque só a mãe não basta.
Como diz a socióloga Ana Liese: “Esses homens nem suspeitam que são o maior objeto do desejo de seu filho ou sua filha”. Não é só o dinheiro ou o sobrenome. O que falta a essas crianças, jovens e adultos sem pai, é algo chamado reconhecimento. Não o legal, mas o amoroso. É o acolhimento.
No segundo domingo de agosto, se seu pai for conhecido, vivo e presente em sua vida, dê um beijo nele. E diga: valeu, pai. "

Ruth de Aquino

sexta-feira, 24 de julho de 2009

E a loucura continua...

PANDEMIA DE LUCRO

Que interesses económicos se movem por detrás da gripe porcina???

- No mundo, a cada ano morrem milhões de pessoas vitimas da Malária que se
podia prevenir com um simples mosquiteiro.
- Os noticiários, disto nada falam!

- No mundo, por ano morrem 2 milhões de crianças com diarreia que se poderia
evitar com um simples soro que custa 25 centimos.
- Os noticiários disto nada falam!

Sarampo, pneumonia e enfermidades curáveis com vacinas baratas, provocam a
morte de 10 milhões de pessoas a cada ano.
- Os noticiários disto nada falam!

- Mas há cerca de 10 anos, quando apareceu a famosa gripe das aves…
- …os noticiários mundiais inundaram-se de noticias…

- Uma epidemia, a mais perigosa de todas…Uma Pandemia!
- Só se falava da terrífica enfermidade das aves.

- Não obstante, a gripe das aves apenas causou a morte de 250 pessoas, em 10
- anos…25 mortos por ano.

- A gripe comum, mata por ano meio milhão de pessoas no mundo. Meio milhão / contra 25.

- Um momento, um momento. Então, porque se armou tanto escândalo com a gripe das aves?

- Porque atrás desses frangos havia um “galo”, um galo de crista grande!!!

- A farmacêutica transnacional Roche com o seu famoso Tamiflú vendeu milhões
de doses aos países asiáticos.

- Ainda que o Tamiflú seja de duvidosa eficácia, o governo britânico comprou
14 milhões de doses para prevenir a sua população.

Com a gripe das aves, a Roche e a Relenza, as duas maiores empresas
farmacêuticas que vendem os antivirais, obtiveram milhões de dólares de lucro.

- Antes com os frangos e agora com os porcos.

- -Sim, agora começou a psicose da gripe porcina. E todos os noticiários do mundo só falam disso…


- Já não se fala da crise económica nem dos torturados em Guantánamo…

- Só a gripe porcina, a gripe dos porcos…

- E eu pergunto-me: se atrás dos frangos havia um “galo”… ¿ atrás dos porcos… não haverá um “grande porco”?

- A empresa norte-americana Gilead Sciences tem a patente do Tamiflú.
O principal accionista desta empresa é nada menos que Donald Rumsfeld.

- Os accionistas das farmacêuticas Roche e Relenza estão esfregando as mãos, estão felizes pelas suas vendas novamente milionárias com o duvidoso Tamiflú.

- A verdadeira pandemia é de lucro, os enormes lucros destes mercenários da saúde.

- Não nego as necessárias medidas de precaução que estão a ser tomadas pelos países.

Mas se a gripe porcina é uma pandemia tão terrível como anunciam os meios de comunicação.

Se a Organização Mundial de Saúde se preocupa tanto com esta enfermidade,
porque não a declara como um problema de saúde pública mundial e autoriza
o fabrico de medicamentos genéricos para combatê-la?

Prescindir das patentes da Roche e Relenza e distribuir medicamentos genéricos gratuitos a todos os países, especialmente os pobres. Essa seria a melhor solução.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Aprender a ser otimista


Tá certo, tem pessoas que nascem com este dom, mas infelizmente não é o meu caso. Comigo as coisas tem que ser assim, um aprendizado constante, às vezes tão constante que me faz esquecer do objetivo principal. Lembro-me há muito tempo atrás que a minha madrinha tinha me dado um livro: Pollyana. Então a "síndrome" de Pollyana era a de ser otimista até demais. Tudo para ela era uma forma de ver a vida descontraidamente, inclusive quando ganhou do pai (sem querer) um par de muletas de aniversário. E ficou feliz! Agradeceu a Deus porque não precisava de muletas. Não sei se consigo chegar a este ponto eheheh mas talvez ser um pouco mais leve deve ajudar.

Acordar de manhã e pensar que coisa boa mais um dia bonito destes, sorrir quando meu cachorro se espreguiça nas minhas pernas em sua maneira de me dar bom dia. Escutar os passarinhos e os gritos das crianças da escola na rua da frente. Olhar no espelho e me aceitar assim como sou: não pensar se tivesse 2 quilos a menos, se essas pernas fossem menos grossas, se tivesse seios maiores...não, não e não. Olhar com outros olhos e dizer que não tem nada de errado. Sou bonita, não tenho photoshop, não tenho retoques de maquiagem e sou bonita, real e bonita. Mas como eu disse, cada dia é um aprendizado, todos os dias tenho que escolher ser assim, escolher ser otimista, viver o presente e aceitar as coisas e as pessoas como são.

Ser otimista não significa ignorar as adversidades naturais, mas saber que tudo passa, que não importa o quão triste ou enraivecida fique neste momento, tudo que tiver que acontecer vai acontecer, independente da forma que encare a situação. Os problemas existem, mas o fazemos maiores ou menores, e o otimista dá menos importância a eles.

Um coisa que aprendi nesses últimos dias: aquilo que mais desejamos e atrairmos virá com certeza, e dedico este post as minhas amigas que receberam grandes presentes. Duas pessoas lutadoras que há muito tempo almejavam estas oportunidades. E para uma amiga que ainda está buscando o seu sonho: Maruja...um beijinho a todas!


quinta-feira, 9 de julho de 2009

notícias


Ainda estou um pouco down...saio, faço a minha ginástica, vou à praia, mas ainda não sinto o humor melhorar, estou mesmo uma velha ranzinza. Vamos ver, quem sabe aos pouquinhos este astral vai subindo? O melhor de tudo por enquanto tem sido o meu cabelo, estou amando ele! E eu que achava que ficaria feia loira?!

domingo, 5 de julho de 2009

Seis anos.

Semana passada fizemos seis anos, é a única data que comemoramos, pois foi o dia em que me pediu em namoro. Tenho dificuldade de lembrar as coisas e isso facilitou pois ele também. Mas não teve comemoração, não há o que comemorar...A quem tenho tentado enganar? Não sou feliz...tenho estado em estado depressivo há sete meses... Vario dias menos ruins, alguns até bons, mas outros péssimos. Preciso de ajuda eu sei. Já fiz seis anos de terapia no Brasil e tento praticar algumas coisas aprendidas neste tempo, mas está sendo difícil sozinha.
Minha amiga convidou-me ontem para ir com ela e os dois filhos ao festival do Panda e como já havia me comprometido fui. Estava nos primeiros dias do período e me sentia péssima para fingir qualquer coisa. Via todos a minha volta, muitas crianças, muita alegria, inocência e sorrisos, mas no gramado do estádio me senti completamente só. Como era possível? Sentia-me um naufrago a olhar para o oceano, um infinito vazio, agarrado aos despojos de meu sonho. Claro que chorei...Ela me fez a constatação óbvia do quanto estou emocionalmente desequilibrada. Fato que há muito tempo queria falar, mas ela também estava passando por um momento difícil e tive que eu lhe dar apoio. Ontem foi a vez dela. Chorei e chorei, falei, gritei...cheguei em casa e chorei mais umas horas...e ainda choro por qualquer coisa. Acho que pela primeira vez senti falta da minha mãe ou pelo menos de uma figura materna...alguém que me pusesse no colo e me passasse a mão na cabeça. Alguém que não me julgasse, apenas me escutasse calmamente e me dissesse que tudo ia passar. Que essas são as dores do crescimento, que as dificuldades vão ser ultrapassadas e que aos poucos ia entender isto e seguir meu caminho.
Ainda há muita revolta dentro de mim, muita raiva, muitas questões não resolvidas...Cheguei a ponderar em não fazer tratamento pelos próximos dois anos, prazo que quitaria todas as dívidas dele e que enfim poderia começar a construir a nossa vida. Mas já não sei se tenho forças para todo o processo de uma ICSI, para os homônios, para um possível negativo. Não sei se estou preparada para tudo outra vez...