Não, eu não estou ganhando nada para fazer propaganda do livro. Há muito tempo queria escrever sobre isso, mas sempre tinha uma coisa, preguiça ou falta de inspiração ou os dois. Sempre acreditei que somos responsáveis por cada fato que acontece na nossa vida, somos herdeiros de nós mesmos. Isto mesmo, nada de culpar a genética pelos culotes, ou pela feiúra, por ser muito alto, pelas rugas aparecerem mais cedo que pensávamos.
Se temos tendência para engordar ou emagrecer isso já está escrito no nosso código genético desde que que fomos concebidos, mas nem isto acontece por acaso. Se me contentasse com essa explicação como ficaria a resposta a que muitos corpos deformados tenham vindo ao mundo sendo que quem ganha a corrida é o espermatozóide mais capaz e a gravidez viável é cuidadosamente selecionada pela natureza? Não, eu não me contento com essas respostas porque no fim de tudo, da ciência, chegamos ao acaso. E não acredito em acaso. Em tudo há uma ordem tão perfeita que não me é possível crer no vazio.
Mas eu ficava pensando e as doenças então? Hoje inclusive os médicos sabem que muitas doenças são ditas somáticas, ou seja de fundo emocional. E o que abriu as portas para as doenças emocionais é o tão famoso stress. Ele é o causador de muitas indisposições, dores de cabeça, gastrites, dores nas costas. Porque hoje o mundo anda maluco não? Todo mundo estressado, com pressa para chegar a lugar algum, como se a pressa fosse um subterfúgio para a ansiedade de não se ter objetivos nem prazer na vida. Como se...hum hum.
Então mais uma vez colocamos a culpa no mundo estressante em que vivemos. Ao responsabilizarmos algo exterior a nós, tiramos o nosso próprio arbítrio e baixamos os braços para o que não podemos mudar, senão conformarmos com o que temos ou somos.
Então eu categorizava as doenças assim: as somáticas (ou emocionais) e as doenças realmente físicas tais como o cancer ou a diabetes. O que esse livro me fez avaliar é que TODAS as doenças são emocionais e na hora eu levei um choque: então estamos nos auto-sabotando outra vez? Sim, o corpo não cria nada, ele é um mero instrumento, quem cria coisas boas ou ruins é a mente, somos nós.
Achei muito interessante a analogia que ela usa. Imaginemos um carro. Depois de andarmos muitos kms a luz vermelha que indica a falta de combustível acende. Pim. A doença aparece. E se simplesmente conseguíssemos um jeito de desligá-la e continuar andando como se nada tivesse acontecido? E seguimos por mais uns kms, no entanto o carro irá parar em algum momento, pois não é mais capaz de continuar sem gasolina. Agora a culpa é do carro ou é do condutor que foi insdipliscente e não tomou as providências necessárias para que tudo voltasse a funcionar normalmente?
As doenças são mais ou menos a mesma coisa: servem para nos alertar de que algo não está bem. Mas nós gostamos de ignorar os sinais do corpo e vamos ao médico e nos entupimos de remédios e desculpas e nos tornamos vítimas. Olha lá o coitadinho está com gripe, tá que nem pode abrir os olhos...
Ao nos medicarmos, estamos simplesmente apagando o sintoma e não a CAUSA. Ou seja a doença não é o nosso problema, a doença é simplesmente a consequencia do que criamos para nós, regando e alimentando pensamentos de culpa, raiva, medo, ressentimento. É só fazer um teste: pensa em uma pessoa ou uma situação desagradável. Pensou? Sentiu o peito apertar, o coração acelerar? O corpo não tem reações por si só, nós é que ativamo-lo para andar, falar, correr. Com isso não quero declarar uma guerra à medicina tradicional, acho que o ideal é o bom senso. Sim, vamos tratar a doença, mas também a "cabeça", vamos educar nossos pensamentos, repensar as nossas escolhas. Será que preciso carregar tanta raiva dentro de mim? Será que não estou dando força às celulas débeis de meu corpo e mais tarde vir a ter um câncer? Como posso ser uma pessoa mais leve, viver a vida com bom humor, com alegria? Ah e um remedinho muito bom: o perdão. A nós e aos outros. O esquecimento, o deixa pra lá... Eu sou uma pessoa muito dura, sempre julguei muito os outros e a mim mais ainda. Mas estou aprendendo aos poucos a ser mais leve, a aceitar a vida com amor. É difícil, tem dias que esqueço de tudo e ralho até com o espelho. Mas por outro lado colo bilhetes na geladeira com trechos do livro e procuro pensar um pouco nisso. Penso assim, se me condicionei tantos anos com pensamentos de baixa auto-estima e de desamor comigo e com o mundo, vou reprogramar o meu cérebro para outras coisas e desta vez ao meu favor. Ao invés de culpar a vida, vou tomar o meu lugar nela, ter responsabilidade pelos meus atos. Ah e o nome do livro já ia esquecendo: A linguagem do corpo - Cristina Cairo.
Boa leitura!
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