Na escola aprendemos matemática, português, biologia, física, etc, mas ninguém nos ensina nada a respeito disto. Em casa supostamente, este é o papel mais delegado às mães do que aos pais, porém há uma enorme diferença entre não ter o brinquedo naquela hora e esperar pelo aniversário, do que não ter de jeito nenhum. Isto porque sabemos que os pais tiram do cu com pauzinho como diria o meu avô e no fim das contas, sabemos que vamos ter aquilo, é apenas uma questão de tempo. Com a vida não. Ela não nos diz quando e se um dia vamos ter aquilo que sonhamos, ela não protege como os nossos, ela dá, ela tira, ela nos vira do avesso, nos faz esperar e pensar muitas vezes até que ponto somos persistentes e até quando passamos a mulas obstinadas. A vida não dá colher de chá (tá bem, dá mas é para poucos), geralmente a vida nos dá tempo para amadurecer, na verdade é isto que ela quer de nós. Que deixemos de ser crianças emocionais e que sigamos em frente. Mas esta transformação não é fácil, ela é dura. É duro deixarmo-nos para trás, abandonar as velhas crenças, é duro parar de sofrer. Porque a certa altura sofrer vira um vício, é o que nos mantém caminhando: um pouco de choro e um pouco de esperança. A vida quer que olhemos para dentro para entender a sua lição. E em um misto de dor, raivas, cansaço e aceitação, encontremos a fórmula da paciência. Que para mim é a única forma de tradução da maturidade.
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