Eu já tive magra, depois já tive gordinha, depois já tive magra bem estilo revista de dieta e me mantive assim até a redondez, ops gravidez, desde então já tive mais magra quase quase no meu peso mas...depois descambei a comer. Minha vida mudou 180 graus e eu que sou tão ansiosa descarreguei nos doces e em tudo que via. Isto não deveria ser desculpa, é verdade. Mesmo sem ter grana para academia eu devia correr/caminhar na rua, fazer abdominais em casa, pular a maldita corda. Não estou aqui para dizer, sim Jeanyne, coitadinha de ti, tens todos os motivos e mais outros para estar assim uma patrola desenfreada. Não. Eu engordei de novo porque desisti de mim. Por estes meses tenho estado em desespero, com a ansiedade lá em cima e deveria ter escolhido outra válvula de escape. Afinal se é para ser compulsiva então que fosse com exercício e não com comida. Ah se as coisas fossem fáceis assim. O problema é que a comida alivia a tensão, por alguns momentos me sinto preenchida. É como se com a barriga cheia, os problemas desaparecessem ou diminuíssem. É uma forma de compensação que o inconsciente cobra por ter se chateado emocionalmente e por não cuidarmos e escutarmos ele quando deveríamos. É aquela chupeta para calar a criança. Não resolve nada, antes o contrário, mas dá imenso jeito na hora. O problema é depois que vemos o resultado no espelho, nas roupas que voltam a apertar. O problema é ter de enfrentar a realidade, a de que queremos nos esconder novamente, esquecer biquini, esquecer as celulites que pulam quando caminhamos, as pernas que flexionam a nos lembrar do quanto nos afastamos de nós. Junte isto ao desânimo de não ter vontade de dar um mea culpa e recomeçar sem ressentimentos e aí me têm.
Toda noite deito a cabeça no travesseiro e penso que amanhã vou fazer diferente. Mas o amanhã chega e a fome volta. O desespero volta. E eu cedo. Às vezes é por pura preguiça de me exercitar, às vezes é porque chove, às vezes porque venta, às vezes porque não tenho com quem deixar o Fabian ou até tenho, mas ele não quer ficar e assim vai passando.
É dolorido admitir que a comida as tantas passa a ser um conforto, uma droga que entorpece por algum tempo. Ela está ali quando ninguém mais está para nós. Está ali para camuflar o amor que falta conosco, que está para o marido, para o filho, mas não para nós. Mas depois fica um vazio. E este vazio que fica pede para ser preenchido novamente. Se pudesse fechar os olhos e escutar este vazio, o que será que ele me diria? Acho que tenho fome de aceitação, de segurança, de amor...fome antiga, fome de quando era uma criança pequena. E você, tem fome de que?
Podia ser eu a escrever isto. Revi-me em quase tudo.
ResponderExcluirBjks
Tamo junto Nany! Força!! Quando descobrir como saio do poço volto para te buscar!
Excluirbeijinhos :*
boa perspetiva das coisas!, pq nao experimentas mandar teus textos para algumas redacçoes? nunca se sabe o que podera sair dai! experimenta ;) nao pense, aja!
ResponderExcluirqto ao teu post, interessante sua facilidade de auto-analise. o que te impedde de seguir em frente? bjos
Carla, tá aí uma boa ideia. Duas coisas na minha vida que tenho paixão: escrever e fazer/ajudar a fazer análise psicológica.
ExcluirQuanto a tua pergunta, vou dormir sobre o assunto, depois escrevo um post.
beijinhos
Nao estas sozinha, acredita...eu descobri uma veia de pasteleira, oh meu Deus, a vida anda enrolada e a mim da-me pa fazer bolos??!!
ResponderExcluirPois assim vou me consolando, e como tu, quando me deito a noite penso "amanha é outro dia!!mas continua tudo igual, pfffffffff fazer o que??
Ja parei de stressar, acredito que tudo vai melhor e o meu corpo tambem!! ;D
Beijocas cheios de coragem
Marina
Marina já pensaste em vender? É que ao menos não fica lá na cozinha esperando para a gente comer...
ExcluirObrigada por estar sempre aí!!!
beijinhos
eheheh vender, o marido falou a mesma coisa!!! a ele por dinheiro acho que vendia até a avo dele... mas é um bom homem lol, de verdade!!
ExcluirMas ainda tou no começo, mt verde...
Obrigada pela ideia!!
Bjs