terça-feira, 9 de julho de 2013

A educação "realista"

Como já disse, não há certo nem errado, há o que achamos que funciona melhor em nossa rotina. Em um dos emails um pai disse que ensinava o filho a retribuir a agressão com beijinhos e abraços. Sério? Sinto pena desta criança porque eu mesma fui ensinada a não retribuir com tapas e o que estiver mais à mão, o que teve como resultado esta enorme agressividade passiva que trago ainda hoje. Não, para mim nunca deve-se começar uma briga, como diz um ditado aqui do sul: dou um boi para não entrar numa briga, mas dou uma boiada para não sair. Temos de ensinar as crianças a não serem agressivas, mas a saberem defender-se quando necessário. Não é retribuindo com beijinhos e abracinhos que as coisas mudam. Isto é irreal! Que tipo de adulto que este pai está preparando para o mundo? Alguém que vai viver no mundo dos pôneis cor-de-rosa?? Entre elefantes de bolinhas?? Pelamordedeus, não a educação positiva, sim, um grande sim à educação que leva em conta todos os aspetos da essência humana e um deles é a violência. Saber direcioná-la através de um esporte, de atividade artística como é óbvio, mas nunca negá-la e varrê-la para baixo do tapete. o resultado pode ser o oposto.

2 comentários:

  1. concordo no que dizes.
    mas eu já respondi dessa maneira à minha filha mais velha, numa fase em que andava demasiadamente agressiva: dei-lhe sitio pra gritar, almofada para socar e abraços para lhe conter a raiva. Agora ela é menina, não sei. é delicodoce, não gosta confusões. acho que desvalorizei aquela agressividade no timming. outros virão. bjos

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  2. Isto acho fundamental, faltou-me muito na minha infância, um lugar onde pudesse extravasar a raiva. Aqui é muito difícil co-educar, chamo-lhe assim, porque a minha mae está constantemente a se intrometer no que decido sobre meu filho. Mas vou levar esta ideiapara frente, quando tiver minha casa.
    Beijinhos

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