quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Off

Esta semana ando off, estamos os dois de férias. Cuma? Isto mesmo. Férias de duas semanas agora, mais duas em dezembro, mais duas em fevereiro, mais duas em abril e mais as férias de verão em julho. Ufa! O ano letivo devia chamar-se o entre-férias porque haja paciência para aguentar os anjinhos em casa ou dinheiro para amas e atls privados. 
Não tenho tido grande vontade de estabelecer contato com a família no Brasil, sempre tão cheios de perguntas a que vou me esquivando com um "sim, tá tudo bem".Tá sempre tudo bem. Querem saber se tenho novidades...gente eu moro em uma quase aldeia, onde ao invés da maria fumaça que quando passava os matutos acertavam o relógio de corda, aqui é uma ambulância. Às vezes pergunto ao marido se não vem de carona com a das 17 horas, só depois a das 19. Na verdade a ambulância passa o dia inteiro, o que não deveria me surpreender devido a quantidade de pessoas idosas que tem aqui. No entanto moramos quase ao lado de uma maternidade e como já disse o must-have tem sido bebês, há sempre alguém a ir buscá-los no hospital. Curiosamente o símbolo que tem na mairie são três cegonhas. Deve ser um sinal. 
Com esta abundância de tempo já tenho pensado no Natal. O marido de certa maneira convidou o filho para vir durante as suas férias em Coimbra, mas a verdade é que não quero nenhum pouco sua presença. Sei lá, sabe quando a gente cansa? Este período no Brasil deixou-me com um monte de má vontade para uma série de coisas, entre elas está a mania (ou deveria dizer charme?) do meu enteado em fechar-se ao mundo e obrigar-nos a puxar por ele. Em qualquer assunto temos de começar, dar continuidade, até que finalmente morre e bem, eu já não estou para isto. Fico imaginando duas semanas aguentando enteado e filho,pois o marido não pode tirar férias nesta época. E já que este não quer saber da minha mãe aqui, eu por outro lado não quero saber da dele, nem da filha, nem do genro, nem do filho, nem de ninguém. Se já tenho a fama de bruaca vou então é deitar na cama mesmo, mal sabem eles que era euzinha quem fazia o pai/filho ligar-lhes, insistia para que fossem mais próximos, mas olha a paciência acabou-se. A vida daqui por diante é só nós três. 

2 comentários:

  1. Como eu te entendo...qd vim pra França, nos primeiros 3 meses toda a gente me perguntava se eu estava a gostar, como ia a adaptação etc. Eu não sabia o q responder, era tudo novo pra mim, eu ainda não tinha como dar opinião acerca de nada, então era só "sim está tudo bem" Outra: "então já falas muito o francês???" praí 1 mês depois de ter chegado cá! Epá cada vez mais me enervam estas conversas de chacha, só pra dizer q disse...rrrrrrr Resumindo, agora passado quase 2 anos, já estava capaz de dar umas opiniõezitas, ninguém mas pede ahahahaha. Sabes uma coisa que já aprendi na minha vida de bebé(34 anos), é que a vida é muito curta pra fazermos tanto frete, eu já não tenho paciência pra fazer bonito só para os outros verem, ou ir a algum sítio sem me estar nada a apetecer, só pra não me chatearem, porque fica bem, já não tenho ponto. E com a família então, é onde se engole mais sapos por vezes...enfim, eu sou meio revoltada mesmo... beijinhos e aguenta aí essas férias que eu tb tenho os meus 2 comigo 24 horas, vá lá que pra semana vamos dar um passeiozito até a Alemanha...são os privilégios de viver no centro da Europa...

    ResponderExcluir
  2. É eu inda to muito fresca aqui para dar grandes opiniões lol! Mas isto acho impressionante, sempre me perguntam se já estou falando francês e se o Fabian já está se comunicando, é como se fosse só trocar o chip do cel e sair falando! Ainda bem que a ligação é cara para eles, por isto só ligo quando quero, mas tenho de estar sempre com o skype desligado senão...
    Beijinhos

    ResponderExcluir