A minha amiga Ana Carolina vestia calças e blusões de tricô, tinha os cabelos compridos como os meus e muitas vezes os lábios borrados de batom cor-de-rosa. Quando batia na sua porta, sempre abria a mãe dela, uma mecha de cabelos brancos presa em um rabo de cavalo e uma cara do qual nunca vi sair um sorriso. O que mais me intrigava era o cuidado que ela tinha com as bonecas da filha, frequentemente guardadas na caixa original logo após da brincadeira. A minha boneca-bebê vivia cheia da sujeira própria do
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