Somente aqui busco refúgio e é um alívio pelo menos neste espaço ser eu, expressar tudo que sinto. Porque não preciso responder com um "tá tudo bem" quando me perguntam como estou. Aqui posso xingar, posso chorar, posso esbravejar e dizer palavrões sem censura. É um lugar só meu. Não conto uma vida de rosas, porque não sou flor que se cheire. Aqui há drama, há sangue, há lágrimas. E não podia ser diferente porque isto é tão eu! Quem quer ler coisas alegres ou ver fotos que visitem outros lugares e quem quiser saber um pouco da minha vida que continue, será bem-vindo. Na minha página virtual quase nunca falo, não acho que deva transformar em um diário como o faz tanta gente. Não acho também que deva ser palco das minhas frustrações políticas, econômicas ou amorosas. Acho que ninguém tem a obrigação de aturar os meus lamentos ou as minhas alegrias, quando as tiver. Já no blog é diferente, sei que quem vem é porque quer saber exclusivamente de mim e daí não me culpo. Eu falo, eu confesso.
Hoje acordei com cara de quem responde o que tem de bom nesta porra, a quem dizer bom dia. Estou mãe solteira de novo, o marido com meia dezena de euros para recomeçar, mais ainda uns meses a aturar e dizer sim senhora na casa da minha mãe. E já começou todo o stress de novo de arrumar creche, arrumar emprego, de arrumar malas. Ou desarrumar malas. Volto à busca de trabalho para pagar a creche, é trabalhar para pagar somente porque não verei nem um real deste dinheiro. E poxas, depois ainda perguntam porque não quero mais filho. Deus me livre disto, já que do resto to longe de me livrar.
Cada um faz do blog aquilo que quer e cada um tem a vida que tem.
ResponderExcluirTal como eu gosto muito de ter 2 e não me importava de ter 3, mas sei que não, não posso e não irei ter por razões várias, também entendo e acompreendo e aceito e principalmente respeito quem não quer ter mais que 1.
A mim, só me faz confusão quem tem dezenas de filhos só por ter, sem noção das realidades. Deus me perdoe e eu mordo a língua por mim mesma, mas não vivemos tempos das nossas avós que não tinham pílulas e não sabiam o que fazer quando ficavam grávidas (que sabiam, mas ok). Aqueles que vêm nos filhos uma fonte de rendimento porque o estado dá x por cada criança e assim não têm de trabalhar.
Tal como quem tem 3 e 4 filhos mas rendimentos para os sustentar a nível de educação e saúde, quem sou eu para lhes dizer para não ter?
Cada um é como cada qual. O difícil é enfrentar as coisas sozinho.
Bjs
Nany o meu é tudo junto e misturado porque já notei que não tenho paciência para ter dois :)
ResponderExcluirbeijinho