terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Update filmográfico

Isto é filme para passar em escola, é tão rico e levanta tantas questões que daria uma boa discussão.

Doze anos de escravidão: muito bom, mas mesmo muito bom. O fato de ter realmente acontecido, dando nome e rosto aos personagens, é muito mais tocante do que se fosse apenas mais uma história hollywoodiana para fazer chorar. E o marido passou um hora e meia implicando comigo porque eu disse que o Brad Pitt entrava em alguma parte...foi no fim, mas aquele sotaque matou a véia aqui. 
Categoria: puta que pariu isto aconteceu mesmo...

Uma das surpresas é a ótima atuação de Oprah.

O mordomo: Uma resposta clara à diferença de tratamento entre os negros do sul e do norte dos Estados Unidos levantada por um dos blogs que sigo. O blogger reclamava que no sul há muito mais racismo por parte dos negros em relação aos brancos do que em outras partes do país. Dizia ele que além disto, o vitimismo era frequente, ora se analisarmos o quão resistente foi o sul em abolir a escravidão, assim como mais tarde assumir os negros como parte da sociedade, dando-lhes espaço para ocuparem cargos e lugares nunca antes possíveis, podemos ter ideia de quanto rancor guarda a identidade afro nesta região.
Categoria: puta que pariu isto aconteceu mesmo...

A muda sabe tudo, mas não fala nada! 


Open Grave: Uma salva de palmas por eu não ter conseguido adivinhar o fim. Só aí já merece ter sido um dos melhores filmes que vi, mas não é só isto: um suspense inteligente que envolve um sujeito acordar em um meio de uma cova aberta (é claro que lotada de cadáveres) sem saber quem é e o porquê de estar ali. Alguém lhe estende uma corda, mas ele não sabe o que poderá encontrar no outro ponto desta. Nenhum ator conhecido, mas por um lado é bom...não sendo um filme com a Sandra Bullock e o Ben Stiller podemos considerar que é um bom sinal.
Categoria: como é que eu não tinha pensado nisto!


Este cabelinho espetado do Javier e a cor de alaranjada à Karl Lagerfeld tá "u Ó", sem falar na roupa cafonérrima. 


The counselor (ou O Conselheiro do Crime): Uma verdadeira bosta. Sério, o meu primeiro pensamento inocente é humm deixa ver... Brad Pitt, Cameron Diaz (já fez os seus filmes de merda, mas alguns bons), Penélope Cruz, Javier Bardem e Michael Fassbender juntos só pode ser bom! Uau um filmaço!! Mas... a história é clichê: um cara que quer ganhar dinheiro fácil se envolve no crime, neste caso um transporte milionário de cocaína. Dá tudo errado é claro, vai dizer que alguém ia acreditar que daria certo? Mas nem é pela previsibilidade da coisa, é mais porque é parado e entre um tiro e outro o McCarthy resolveu que os seus traficantes tinham feito um curso de filosofia na Ufrgs. E assim são diálogos de matar... sobre o porquê fazemos as coisas que fazemos, porque as mulheres nos fodem (a vida), sobra a importância de se caso escolhêssemos um caminho desviante temos de ter colhões para assumir o risco (jura??), etc. 
Categoria: Pontos para quem não dormir no filme...isto porque nenhuma cena de nu com o Brad é sacanagem com a minha pessoa.


All is lost: Filme todo com apenas um ator e mesmo assim ficamos discutindo se era o Harrison Ford ou o Robert Redford. O mais estranho  nem é a falta de monólogo, já que nem todo mundo é como eu. Mas o que torna o  filme questionável é a crescente falta de sorte desacompanhada de um sonoro palavrão (que acaba vindo no fim, mas pronto). 
Categoria: Não veria de novo.



Blue Jasmine: É um filme do Woody Allen que não parece do Woody Allen, ou seja: não é chato com diálogos intermináveis e existencialistas. É um filme sobre uma dondoca que se vê pobre da noite para o dia, tendo que conviver novamente com sua irmã de criação. Este filme toca em um ponto básico, o qual concordo que a maioria das mulheres no fundo quer um homem que as sustente, que é muito mais fácil chegar lá com o caminho já feito (procurando espécimes bem sucedidos) do que batalhar do zero para alcançar o sucesso.  E é incrível como o amor acontece rápido quando se tem todas as predisposiçõe$ para tal.
Categoria: eu conheço alguém assim...

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