sexta-feira, 29 de junho de 2012

Hoje o meu maior sonho é ter a minha casa. E tem se tornado urgente porque a cada minuto lembro-me da importância que é ter o nosso canto, onde só a gente manda e quem quiser estar lá que obedeça. Pois eu acho engraçado dizerem que dinheiro não traz felicidade, ora se ele não traz me diz como pago a conta da luz com abraços, como eu encho a barriga com amor. Please, é muito bonito ser romântico quando se está sentada no sofá de couro e se tem dinheirinho na conta. Quero ver andar sem um centavo no bolso e sorrir à toa. 
Pois e a história da casa fica a dever. Cada vez que penso nisto tenho a sincera vontade de esgoelar meu marido, creio que em pensamento ele já deve ter morrido um tantão de vezes assim, num piscar de olhos. Não é que o anta me deixa passar não uma nem duas, mas um punhado de oportunidades de adquirir um imóvel em Portugal, que naquela época financiavam a 100%? Pois é...isto nunca me entrou na cabeça como é que alguém atira dinheiro para o lixo, sim por que pagar aluguel é como se fosse mesmo... e depois ele tinha aquela casa com a ex que ele deixou a parte dele para os filhos e eu que estive do lado dele todos estes momentos difíceis to aqui. Não, marido só te perdoo o dia que tiver aqui na minha mão as chaves de um belo apartamento. Até lá, vê se tenta pagar as contas aí com muitos beijinhos e cafunés, quem sabe cola né?
Bom bom mesmo é ver a cara do Cristiano Ronaldo depois do jogo. Não sou baba ovo de pessoas que se intitulam as melhores (por mais que sejam bons profissionais), penso que é sempre bom um pouco de humildade e bom senso. Não gosto do Mourinho, do Romário, do Zagallo e por aí vai. Uma coisa é eu olhar para o espelho e dar aquele papo de auto-estima, outra é sair por aí falando que sou gostosa e tals. Os outros não tem que aturar isto, por favor! Esta história de melhor jogador do mundo, melhor mãe, melhor isto, melhor aquilo, cheira-me a auto-publicidade desesperada e por consequência, a que nem mesmo o próprio acredita...

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Se tem uma coisa boa em voltar para o Brasil, é voltar a ter a pele de bumbum de bebê e os cabelos macios, soltinhos...nossa já nem lembrava como era bom! Xô água ruim de Portugal, cheia de calcário, que deixava minha pele parecendo uma vovó!

segunda-feira, 25 de junho de 2012

bla bla bla

Ando surpreendida com o Fabian. Em menos de uma semana deu para falar quase tudo, inclusive combinação de palavras e associações que nem sabia que ele fazia. Por exemplo, viu a luz do sol bater no pelo do cachorro e disse sol! Já diz um monte de palavrinhas novas, fica muito lindinho a gesticular e falar meio errado, embora continue muito teimoso e queira sempre testar limites...
Às vezes acorda de manhã e chama pelo papai, me alcança o telefone para eu ligar para o Fernando. Acabo por ligar o computador e falar com ele pelo messenger. Aí ele dá os bracinhos para o pai pegar... :(
Como nosso destino é incerto, tanto podemos nos ver daqui a dois meses como daqui a 8, 10... E tem gente que reclama por estar uma semana longe né?! Enfim, agora é esperar...parece que é nossa sina esta distância. 

domingo, 24 de junho de 2012

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Não és tu, sou eu

Se eu pudesse definir a minha vida em uma palavra eu diria: complicada. É muito ruim olhar para os lados e não reconhecer mais nada. Sinto-me só e tenho a sensação de que as piores coisas da vida se faz assim mesmo, só. Neste momento não tenho casa, tenho um teto, mas não tenho lar. Lar é diferente, dizem que lar é onde mora o coração. Neste momento meu coração deve estar longe, não sei ao certo onde... 
Aconteceu uma série de coisas chatas, estou menstruada, minha mãe está com câncer novamente, o marido tinha uma proposta muito boa em jogo e parece que não vai dar mais. A ex mulher dele resolveu vender a casa e quer ficar com todo o dinheiro, sendo que a casa ainda está no nome dos dois por uma ordem judicial. Enfim...chega ser irônico que por conta desta pessoa e dos filhos dele, o marido fez dívidas para pagar a pensão e eu tenha que sofrer as consequências e agora pimba, a vida premia esta vagaba com uma casa. Às vezes eu acho que está tudo contra e fico com raiva das pessoas fúteis, com problemas fúteis, ah o coco do filho, ah a roupa que queria não tem meu número, ai o marido não me dá atenção, etc, etc. Não é o mundo, eu sei, sou eu. Mas não consigo evitar. Parece que os meus problemas são maiores e isto me dá o direito de sofrer mais e de me zangar com elas, com estas pessoas que ficam infelizes apenas porque sim.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Sorte

Ultimamente as pessoas tem me desejado sorte. Pudera não é assim qualquer um que faz uma coisa destas... Colar e gostar e de desapego apenas no facebook é lindo, mas não é real. Quer desapegar? Não precisa fazer mudança,  vai lá e faz uma limpeza nas coisas que já não usa mais, nos bibelôs da sala, nas amizades...
Ah e uma coisa, não sou só eu quem precisa de sorte. Sorte vão precisar todos aqueles que continuarem por aqui. Então, boa sorte a todos! #ficaadica 

quarta-feira, 13 de junho de 2012

A vida é uma puta daquelas bem bagaceiras. Ela vem, envolve com gracinhas, faz ter esperanças, até um certo prazer...e depois, puft... apresenta a conta.
Acho engraçado porque imagino que tenha alguém que deve se divertir com isto. Deus, quem sabe? Mas não consigo entender agora que já tava tudo programado para irmos para o Brasil, esta desgraçada da vida vem com aquelas surpresas para iludir o coração, e o Fernando tem três propostas de trabalho para a França. Não é justo. Eu sei que é só para me enganar, mas tu não vais conseguir, já não acredito em ti. Nem nunca acreditei. Assim como não é justo ser só eu quem fico com as coisas ruins, os restos... Quando é que a maré vai virar pro meu lado? É porque tá bem difícil...se as coisas continuarem assim não sei mais o que faço. Já to naquele limiar entre o juízo e a insanidade. Pensa bem vida, no que tu queres de mim. 

domingo, 10 de junho de 2012

Acumuladores de mágoa

Taí duas tarefas que ainda tenho que aprender: confiar na vida e não esperar muito das pessoas. Para mim as duas estão em pé de igualdade porque não consigo ser um barco à deriva, tenho que sempre estar no controle da situação, mas sei que isto é impossível e me causa stress, ansiedade, etc. Lembro-me nas sessões de terapia, o meu psicólogo dizia muito isto: confia na vida, a vida não é má. Ela só retribui o que esperamos dela. Com isto ele queria dizer para fazer a minha parte, mas também deixar livre para que o tempo/destino/Deus fizesse a sua. E por não conseguir lidar muito bem com isto, fui criando estratégias para sentir-me melhor: limpava todos os dias a casa, deixava os controles da tv, dvd todos alinhados e tentava que a rotina fosse aquilo que esperava fazendo mais ou menos as mesmas coisas, enfim um leve grau de TOC. lol
Sempre pensei que uma casa, assim como o ambiente que a pessoa vive, é o reflexo da sua vida emocional. Agora minha casa anda suja, não tenho vontade de limpar, simplesmente olho para tudo e só quero sumir. Eu tenho tendência para extremos.
Estes dias vi um programa americano sobre aquelas pessoas que acumulam tudo o que podem e chegam a fazer verdadeiras muralhas de lixo para as protegerem da vida. Elas sofrem muito porque em dado momento deixam de ter uma vida funcional, a família abandonam-nas e elas não conseguem desfazer-se de nada. E por um lado sabem que está mal, mas por outro acham que não está assim tãoo mal e não aceitam que a mudança tem de ser muito grande para a vida voltar "ao normal".
Também penso que de certa forma nosso próprio corpo  não deixa de ser a nossa casa, talvez por isto, sinta-me muito incomodada quando vejo aquelas pessoas muito muito gordas, quase sem forma. E pense meio horrorizada, como é que foram deixando-se ficar deste jeito... assim como as acumuladoras americanas (que também não deixam de ser obesas). Vejo estes exemplos e dá-me medo de um dia ficar assim, de me anestesiar a ponto de caminhar para o precício sem notar e acordar alguns segundos antes da queda. Porque tenho a sensação que deve ser isto que acontece. Ninguém pode querer deliberadamente o sofrimento, ninguém quer ser uma aberração, andar como um pêndulo com muitos quilos de mágoa sob a pele. E ao pensar assim percebo que tenho eu também alguns, uns reais outros invisíveis ainda. As pessoas acham que para perdê-los devem fechar a boca. Eu já acho que devem é abrir o coração e confiar.


Perguntam-me se já arrumei as malas, se já estou com tudo pronto, como se eu quisesse desesperadamente voltar para o Brasil. Não, estou mais para uma barata tonta que anda às voltas sem saber por onde começar... 
Dá-me pena olhar para os espaços vazios que tem ficado na casa, das coisas que foram e que tinham uma história e alguma pitada de esforço nosso para adquiri-las. Tenho raiva de pensar que está tudo acontecendo desse jeito, meio aos tropeções e que parece que não é a minha vida, parece que estou ali a observar o que vai na casa de outra pessoa... São só coisas, eu sei! O importante é o amor e bla bla bla. Não é a mudança em si que me deixa mais passada, é mudar sem dinheiro. É ter de depender dos outros para conseguir as coisas e isto é muito mal para o meu orgulhinho. Passo os dias irritada porque simplesmente não consigo ter controle sobre as coisas. Já perguntei tantas vezes para o marido onde vai ficar, se já falou com alguém. E ele responde que não e que tem tempo. E eu piro mais ainda porque não consigo lidar com esta insegurança, com esta pressão para as provas (sim estou em período de provas e não entra-me nada pela cabeça), da família... 
Já to cansada de gente mexeriqueira que não faz nada para ajudar e só quer saber da vida dos outros. To com muita vontade de mandar à merda que é o melhor que faço ou de vender informação do tipo: pagas-me a luz que te conto isto, vagas-me o gás que te conto aquilo. Por favor! Já não ouviram dizer aquele ditado que quem não ajuda não atrapalha??!

terça-feira, 5 de junho de 2012

Carniceiros

Há coisa que eu detesto são urubus que ficam ali pairando e querendo tirar vantagem de tudo. Estamos vendendo as coisas e como sou uma pessoa de bom senso obviamente coloco um preço justo, muitas vezes até de um terço do que o bem custou quando novo. Agora tem gente que é sem noção mesmo!! Por exemplo, to vendendo uma esteira por 220 euros que custou-me 1000 euros. Tem uma figura que me aparece com uma proposta de 120 euros :O  Por este preço prefiro dar para alguém que eu conheço do que vender a preço de banana. Tenho dito.

domingo, 3 de junho de 2012

Cansada...triste...com raiva, muita raiva...com inveja de quem anda por aí incólume à crise com seus carros importados a planejar a viagem de férias...com vontade de chorar e acordar deste pesadelo. Não é nada fácil. Não é. Como dizia o bem educado do meu falecido vô: "não é no teu cu!" . Pois...to com raiva até de quem diz que vai melhorar, que é bom, que é isto e aquilo. Oh vô estás certíssimo. Quando não é no nosso cu é melhor nem falar nada. 
Deixo aqui uma música que é ótima para o momento e diz tudo que não consigo dizer...