Parafrasendo Cazuza, com o seu Exagerado, tenho a consciência de que este é um defeito que me faz não me dar muito bem na vida. Sou radical em algumas coisas, principalmente no que toca a relações. Tenho dificuldade de pesar bem o passo que vou dar porque não obstante ser uma pessoa que "engole" sapos, sou daquelas que quando fala, bota os pés pelas mãos e na maioria das vezes já está tão irritada e saturada de guardar, que explode. Pum! Aqui dizem que é como por merda no ventilador, é mais ou menos esta a imagem da coisa.
Já desfiz amizades por causa desta minha mania, depois fiquei meses (ou anos) magoada com tal situação, até que quando a recordei novamente não mexeu mais comigo, não me pôs a falar sozinha e resmungar. Passou. E muitas vezes voltamos às boas como se nada tivesse acontecido, é quase uma forma equizofrênica de se relacionar. Foi assim quando andei às turras com os meus enteados por causa da tal casa que o meu marido lhes deixou e imaginávamos que eles tinham doado a sua metade à mãe. A minha reação de criança frustrada lhes excluiu do facebook, como se assim os pusesse ao longe da minha vida. Depois voltei atrás, já mais calma e centrada, expliquei-lhes que andava sem cabeça para muita coisa e com o sangue muito quente, etc. Agora fiquei sabendo que o meu enteado que está fazendo doutorado em Coimbra há dois meses, voltou este mês para o Brasil, mais precisamente ontem para ficar com a família e dar força pela morte do padrastro. O detalhe é que não incluiu-me na visualização do recado que ao que parece foi para todos (fiquei sabendo pela minha mãe). A primeira reação depois de ponderar ele ter lido o blog até a suspeita de estar chateado comigo porque desde a despedida do Fernando não dou-lhe like (bola), foi impedir a visualização das minhas coisas daqui para frente. E também passou por um email indignado ao marido já cancelando convite para passar o Natal conosco. Depois parei, pensei, repensei. Já havia tomado a decisão de não puxar mais assunto com nenhum dos dois, nem virtualmente nem por telefone e muito menos ao vivo. Cansei de ser sempre eu (nós) que procurávamos, portanto vou deixar como está e continuar em stand by. Já sei o que me acontece quando fervo em pouca água, às vezes é preciso baixar o fogo e esperar as coisas arrefecerem.
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