Carregas o mundo nas costas. Um mundo de papelão, de lixo, de nada. Mas o que é nada para os outros pesa para ti. Andas cansado, passas o dia a empurrar tua carroça. Andas debaixo de chuva e sol, despertas ora indiferença ora falta de paciência, mas segues. Para onde vais? Tens casa para voltar? Tens alguém que te espera com um café quente sob a mesa? Quem mais fala contigo além do ronco de teu estômago? Não segues só, tens um amigo de quatro patas igualmente magro e triste como tu.
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