Pois é já tive muitas fases e formas de olhar para o meu marido. De uma paixão platônica e virtual, até a mais louca fantasia carnal. Já amei demais, já amei de menos. No início fui eu quem insisti para que não morressemos ali tão perto de entrelaçarmos o corpo e a alma, já que os pensamentos se encontravam fundidos em uma vez só. Depois foi ele quem sofrera, quem esperara e desesperara por um contato, um email. Depois quando finalmente fomos viver juntos, passei a amá-lo tão intensamente que tinha medo da falta que ele faria nas horas vazias e ficava contando a vida e correndo do tempo que nos impunha a separação.
Hoje acho que estamos quites de passado, entre soma e multiplicação de todas as vezes que pensamos no outro, subtraindo lágrimas e lamechices de apaixonados. E é certo que a todo o momento que a cabeça desliga-se do mundo, há um mantra que pulsa em toda a vida que escorre em mim. Eu te amo. Eu te amo. Quando? Quando? Deve ser o incosciente cansado da dieta que lhe imponho. Dieta de amor, dieta de ti.
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