quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Infantário

Conseguimos. Depois de tanto procurar, achamos a creche para o Fabian. É pequena, mas as pessoas são muito amorosas. No entanto é privada... mas é perto da estação e assim o pai pode levar e eu buscar quando volto da faculdade. A sala é pequena, mas as crianças estão tranquilas e também comem no primeiro piso e assim não passam o dia inteiro no mesmo ambiente. Como veem, nada é perfeito. Dentro das nossas possibilidades e a nível de distância, foi o melhor que conseguimos. Talvez no ano que vem o inscrevemos na creche da paróquia aqui perto, sai a metade do preço., mas por agora fica lá.
A adaptação está sendo boa, na medida do pssível. Chora quando o deixamos, mas depois se distrai sozinho. Hoje já almoçou lá e comeu tudo. Amanhã já vamos tentar que durma e venha com o lanchinho. Na semana que vem a minha mãe vai embora e eu vou ter de deixá-lo das 7:30 às 17hrs e é bom que já esteja habituado. Sendo que segunda e sexta posso buscá-lo antes pois não tenho aula neste semestre.
E é assim, passou-se 20 dias, muita coisa aconteceu e eu não tive tempo nem paciência de escrever...o marido já volta no sábado à noite e segunda minha mãe viaja bem cedo para o Brasil.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Correria


Ando numa correria para ver uma nova creche para o Fabian. Não dá mesmo para ele continuar em Lisboa... e por enquanto ele está com a mãe, até porque tá doentinho, de "baixa" médica em casa. O médico receitou antibióticos até o dia 27 deste mês.
Eu ando cansada, tanta coisa para estudar/rever, trabalho para fazer, casa para arrumar, estar presente para o Fabian, fazer ginástica... Não tem dado tempo para respirar e quando dá, quero é dormir! Falando nisto, lá vou eu!
Boa noite!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Abusa da paciênciaaaa

Pois é assim, a vida tem abusado e muito do meu saquinho de paciência! Mas um aviso: ele é pequeninninho e não estica muito, tá?
A chegada da minha mãe tem sido tempestuosa. Aliás, ainda não há um furacão com o nome Sandra? Pois ele passou por aqui em escala 5, devastando toda a área deste apartamento de 80 metros quadrados, deixando um rastro de azulejos pretos, roupas pela esteira, pingos no espelho, água por toda cozinha, panelas empilhadas pelo balcão... Mas o desastre mesmo é a ansiedade que a mãe está. Do tipo que ligaram da tomada e saiu por aí em curto circuito, andando aos pulos. Ela tem sido muito invasiva, chega e quer fazer as coisas do jeito dela, quer mandar na comida do Fabian, nos brinquedos, em tudo. O ponto alto foi o escândalo que se passou no infantário. Ela simplesmente detestou o lugar, as funcionárias, tudo. Eu sei que tem alguma razão de ser esta revolta, mas não pode ser assim, gritar no próprio lugar que ele não presta...
Todo mundo que tem paciência para me ler, sabe o quanto sou sincera. E eu sei que tem sido muito cansativo o caminho até a creche, para nós dois. Vejo que não foi a melhor escolha, fui pensando só no que iria poupar e não me dei conta do que seria carregar uma criança inquieta por 1h e meia nos braços na ida e 1h e meia na volta, pois mesmo sentada, tenho que ficar rija, segurando-o. Sei também que as funcionárias não são o espetáculo em pessoa. São carinhosas até por ali. Mas já vi que não dão muita assistência quando os bebês começam a chorar e também já vi uma bebê pequena a estar sempre (sempre!) na espreguiçadeira e só a pegam quando chora ou para trocar. Sei que o lugar tem janelas pequenas e altas e que também as crianças da sala de 1 ano não podem sair para o pátio, ficando confinadas o dia inteiro. Mas até onde este cenário não se repete no privado? Até que ponto a minha vizinha que tem os filhos na creche ao dobrar da rua e deixa lá 800 euros, é diferente? Pelo que vi a sala não difere muito e as crianças pequenas não saem de lá. Quanto as funcionárias não posso dizer porque não conheço. Enfim... ando estressada porque a mãe me deixa num tal estado que o melhor que posso fazer é ficar quieta. Mas isto foi o que sempre fiz...porque era melhor fazer a vontade dela do que ficar discutindo e porque a minha vontade murcha quando tenho que me explicar e fico sempre com a impressão que estou contra a parede.
Ontem estive eu à beira de um ataque. Nem sei como não gritei na rua, como não mandei a puta que o pariu o primeiro idiota que não paresse o carro na faixa de segurança (passadeira). Sentia o coração pulsar em eco pelos meus nervos, como uma bomba relógio. Precisava falar, precisava alugar algum amigo, mas não tinha ninguém. Nem mesmo o marido, pois ela estava sempre junto quando falamos no messenger.
O caminho para a creche foi o tempo todo cortado pela voz dela a chamar a atenção do Fabian para as árvores, o carro, a janela, o caminhão, o passarinho, as flores, o cachorro. Tudo isto em um rap angunstiante, sem pausas. E se aquilo já me deixava o estômago às voltas, imagina o Fabian? Aí reclamou que ele anda chupando muito bico, que está sempre mexendo nas orelhas e que anda depressivo com o lugar que eu deixo. Só cobra, cobra e cobra de mim uma postura, uma decisão que nem se eu fosse gênio da lâmpada conseguia deixa-la satisfeita. Será que eu não vejo que ele está infeliz? Será que tu só pensa em ti e não tá nem aí pro teu filho?
Pois eu estou numa fase braba. Estou aí e sinto pena de não estar mais. Porque estou aí por alguns momentos. Quando consigo estar bem e brincamos, dou o peito, banho, canto. Mas até isto não basta. Já veio com a novela que não tenho leite. Que se tenho deve ser uns pingos. E dá-lhe mamadeira no guri.
Eu sei, se não me imponho agora, as coisas vão piorar e daí, eu é que não quero ir para o Brasil me estressar no ano que vem. Porque se está assim agora, na minha casa, o que fará lá no território dela?
Hoje fico por aqui. Tenho muito em que pensar...

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

E estamos nos últimos preparativos para a ida do marido e para a chegada da minha mãe, neste final de semana. Estou cansada e já sinto muitaaaaasss saudades do maridão!!!! Desde que ficamos juntos a separação esteve sempre nas nossas vidas. Primeiro um namoro à distância por trÊs anos, nos quais nos vimos apenas 4 vezes por algumas semanas. Depois no casamento, nas 2 vezes que fui ao Brasil, ficamos quase três meses separados de cada vez. E agora isto...bem, são só três semanas, mas o coração anda apertadinho. :/ São três semanas que não vou sentir o seu calor, seu abraço, a sua voz pertinho de mim. E que também não tenho o meu porto seguro que me guia tantas vezes quando estou nas minhas tempestades sentimentais. Ó, como sou dramática! E ele é um ótimo companheiro de cena...vou sentir falta. Vou sim.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Hoje estou assim

E porque hoje estou meio mesquinha, é assim. Tive um comentário apagado em um blog que costumava ir, isto porque não sei, não escrevi nada demais, até foram palavras de apoio, mas enfim. Isto é para dizer que esta pessoa nem sequer me lê e nunca me comenta e a partir de hoje, cancelei do meu mundo virtual. Porque a amizade é uma via de duas mãos e estou aprendendo a ser mais assertiva, quem quer quer e quem não quer não vou ficar ali forçando nada. E como é bom assumir isto!!!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

E desde o dia 15 o Fabian tem ido à creche, no entanto, como era de se esperar, a fase de adaptação está sendo bem complicada. Chora quando o deixamos e também quando nos vê à porta. Acho que deveria ter alguma preocupação por parte da creche, em estabelecer uma vinculação saudável entre uma das funcionárias. Ele precisa sentir-se seguro e na minha opinião, é fundamental que alguma das três se disponibilize para ser a funcionária que irá acompanhá-lo mais de perto. Não é isto que vejo. Quando chego lá, está sempre uma diferente para pegá-lo, elas fazem horários alternados, como já notei que a que chega mais cedo, sai mais cedo também. E quando ele precisa chegar antes das 8 horas, é recebido por uma das funcionárias das outras salas, o que para ele é como ir no colo de um completo estranho.
Minha mãe tem me incomodado muito com esta histórias de adaptação. Na cabeça dela, eu não devia estar desfrutando de momentos à sós, a escola do Fabian é apenas para quando estou na aula. O problema é que eu moro longe, como já disse: são 3 horas para ir e voltar e se eu for buscá-lo também, são mais 3 horas. Ou seja, passo 6 horas do meu dia só em um função de transporte público e não faço mais nada! Fora que é muito cansativo para mim. Estou precisando mesmo deste tempo, precisando ficar sozinha, precisando de silêncio. Afinal, ela também foi trabalhar quando eu tinha 6 meses e teve o seu momento, as suas amizades e vida "retomada". Já eu fiquei 1 ano com ele e em função dele. Mas a minha mãe fala e fala, tem horas que eu queria colocar o telefone sei lá onde... Ela precisa respeitar as minhas decisões e não ficar me coagindo a fazer o que quer. É por isto que ando assim, meio ansiosa porque ela vem no próximo domingo e já sei o que vai ser. Bla bla bla por três semanas até o marido voltar de Paris. Já não tinha dito? O marido vai fazer uma formação na França e volta no fim do mês. Lá vai ele dormir noites inteirinhas e eu fico morrendo de inveja e pensando: quando vai ser a minha vez?