terça-feira, 4 de novembro de 2025

monstro

Quantos cômodos tem a casa, quantas casas dessas tem? Que labirinto se forma na tua cabeça que não conseguimos desbravar, vó?
Que monstro é esse que devora memórias? Que tem fome de um bocadinho a mais de ti todos os dias? E a impaciência de te ver ir embora, se apagango aos poucos? Frustração, raiva de não ser capaz de ver além do monstro da insanidade. *estou ficando louca também? Afinal o monstro devora com seus tentáculos quem se aproximar.
Somos náufragos à deriva, em busca de um raio de lucidez nos teus olhos anuviados. E quando encontramos é como se por segundos o tempo parasse e tudo voltasse como era antes, e eu voltasse a ser amada e te amar muito. Tudo como devia ser para sempre, o nosso final feliz.

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