domingo, 10 de junho de 2012

Perguntam-me se já arrumei as malas, se já estou com tudo pronto, como se eu quisesse desesperadamente voltar para o Brasil. Não, estou mais para uma barata tonta que anda às voltas sem saber por onde começar... 
Dá-me pena olhar para os espaços vazios que tem ficado na casa, das coisas que foram e que tinham uma história e alguma pitada de esforço nosso para adquiri-las. Tenho raiva de pensar que está tudo acontecendo desse jeito, meio aos tropeções e que parece que não é a minha vida, parece que estou ali a observar o que vai na casa de outra pessoa... São só coisas, eu sei! O importante é o amor e bla bla bla. Não é a mudança em si que me deixa mais passada, é mudar sem dinheiro. É ter de depender dos outros para conseguir as coisas e isto é muito mal para o meu orgulhinho. Passo os dias irritada porque simplesmente não consigo ter controle sobre as coisas. Já perguntei tantas vezes para o marido onde vai ficar, se já falou com alguém. E ele responde que não e que tem tempo. E eu piro mais ainda porque não consigo lidar com esta insegurança, com esta pressão para as provas (sim estou em período de provas e não entra-me nada pela cabeça), da família... 
Já to cansada de gente mexeriqueira que não faz nada para ajudar e só quer saber da vida dos outros. To com muita vontade de mandar à merda que é o melhor que faço ou de vender informação do tipo: pagas-me a luz que te conto isto, vagas-me o gás que te conto aquilo. Por favor! Já não ouviram dizer aquele ditado que quem não ajuda não atrapalha??!

2 comentários:

  1. Detesto pessoas assim, que perguntam para saber, mas não para dar apoio, paenas para cuscar a vida dos outros.
    Mas olha que as tuas respostas eram bem boas, calavas logo meia duzia de pessoas e a outra meis nem abria a boca.
    Tenho pena que aquelas que querem ajudar, nem que seja para dar um ombro amigo ou um ouvido companheiro não o façam à conta de pessoas mexeriqueiras.
    Bjs

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  2. A vida ás vezes tem um jeito estranho de fazer as coisas... Vendo as coisas de fora, é-me fácil racionalizar e achar que, daqui as uns tempos, vais olhar para trás e ver que isto foi mesmo o melhor para ti, para vocês, e que se não fossem obrigados à mudança pela vida, o mais certo seria irem ficando, sem dar espaço para que uma vida nova, diferente e melhor possa vir a caminho. Torço muito para que assim seja! Muitas felicidades para vocês.

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