Tá bem ouvimos desde pequenos que não se deve julgar, que temos de nos colocar no lugar do outro e bla bla bla. Mas até que ponto o que pensamos é julgar e até que ponto é minha opinião? Eu tenho uma definição pessoal: acho que julgar é quando não me limito apenas a pensar e ajo e falo com base no que (penso) que sei. Porque sinto muito aos politicamente corretos, o mundo não é cor de rosa e não há como não julgar, como não ser críticos perante a vida, como não pré-conceituar as coisas. O ser humano precisa de lidar com as ferramentas básicas para interpretar o seu ambiente e é perfeitamente natural pré julgar, pois é o que fizemos durante milhões de anos para sobreviver. Mas hoje a situação é diferente e na maioria dos países o que se impõe é uma questão de sobrevivência "civilizada". Uma sobrevivência social, tanto quanto devemos ouvir e sorrir nas rodas de amigos ante algum comentário que nos enraivece particularmente. Ou simplesmente ficamos calados para não ouvir toda a missa bem intencionada sobre os bons valores que acho que só Cristo e o Buda conseguiram seguir. Pois eu admito que sou um pouco dura nas minhas opiniões e às vezes sou até uma mula, dificilmente volto atrás. Sou assim. Para mim a gordura tem um quê de desleixo, a pobreza um pouco de merecimento, a religião um pouco de cegueira, a maternidade um pouco de prisão. Mas como sempre, da minha boca não sai nada, mas da cabeça ainda sou livre para pensar o que quero (ainda bem).
Eu em certas coisas que dizes penso o contrário, noutras igual e noutras é-me indeferente.
ResponderExcluirMas julgo, como qualquer um e também sou julgada. O pior dos julgamentos é quando os fazemos em prejuízo do outro, quando depois de conhecermos as situações em concreto não mudamos a nossa forma de pensar, quando não deixamos que a vida nos ensine.
Tenho alguns preconceitos e há coisas que nem pensr. E depois? Não tenho direito à minha opinião? Claro, nem que seja na minha cabeça só para não ouvir o tal sermão.
Bjks