domingo, 13 de outubro de 2013

Recordar é viver (ou não!)


Ontem vimos o The Company Man e nem acredito que o Ben Affleck enfim participou de um bom filme! Já estava no disco há horas e o marido que já tinha visto, garantiu-me que valia a pena assistir. Bem, andamos a relembrar tudo que se passou nestes últimos meses, às vezes só nos olhávamos e perguntávamos: onde é que eu já vi isto? Recomendo: bom, muito bom mesmo. O filme conta a história de desemprego de pessoas de classe alta na crise dos EUA que acabou por virar a atual crise mundial. O que fazer daqui para adiante, depois que a vida nos leva de rebolão como uma onda de um tsunami? Fica-se com a casa (se a tem), vamos morar com os nossos pais (nãoooo!)? Que contas pagamos primeiro? E quando os outros souberem? E a esperança a cada entrevista? E as expectativas depois que elas desmoronam uma a uma? Mudar de área? Trabalhar em subemprego? Mudar de país? E a puta da raiva porque o mundo não pára, porque as pessoas a nossa volta continuam indo de férias, comprando carro, os filhos frequentando as melhores escolas. E o casamento? E os filhos? O tempo e as dificuldades que insistimos em enfrentar juntos? Hoje sinto-me feliz, afinal não é assim tanta gente que passa por isto e sai ainda mais forte. Porque amar em tempos de bonança, com presentinhos, jóias e viagens é fácil. Amar sob o teto dos outros, com medo, engolindo sapos, e vivendo um dia de cada vez, é só para os fortes.

4 comentários:

  1. Obrigada! Já viste este filme Sofia?
    beijinhos

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  2. vi ontem por tua causa! fui ao wareztuga, procurei e lá estava...vê todinho, gostei, só achei um pouco parado mas a essência do filme, a mensagem, claro que uma pessoa se identifica...é o decair de toda uma vida...mas sabes uma coisa, não sei se é bom ou mau mas...estou cada vez mais desapegada de coisas materiais, já dei alguma importância mas agora, acho que fazemos muitos sacrifícios para ter ter ter (claro, não falo de bens essenciais claro. Gostei da resposta dela qd ele chora a pedir desculpa à mulher, e ela responde que dantes ele nunca estava e agora ESTÁ. Sem dúvida pode-se tirar bastantes ilações deste filme. E tb gostei da chapada de luva branca q o cunhado lhe dá, qd lhe oferece trabalho, nunca ele tinha pensado ir pras obras, mas é assim, a pessoa tem, como se diz em bom português "se desenmerdar" ahahah. Como vai o teu menino na escolinha, para a semana já está de férias, os meus estão, aqui há férias a toda a hora...bem, já me alonguei, fiquem bem bjinhos

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  3. Eu fiquei entretida e na verdade nem percebi, mas é paradão mesmo. Claro que nunca fomos da classe alta, mas tem tanta coisa que foi igual. Durante o tempo que o marido esteve desempregado (foi mais de um ano) estivemos muito unidos, como nunca teve grandes férias, a convivência foi muito boa. O Fabian gostava de ter o pai por perto e eu tmbém. O Fernando não foi para as obras, mas teve a trabalhar um mês de corretor de imóveis, só que além de não ganhar nada, gastava o pouco que tínhamos e não valeu a pena.
    Quanto ao Fabian está indo bem, falamos com a professora semana retrasada e ele está bem integrado. Brinca, ouve histórias, já entende algumas palavras pequenas, mas por enquanto só fala "bonjú"! LOl
    beijinhos

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