domingo, 10 de abril de 2016

Monsieur Mistral



Tenho certeza que tudo seria melhor se eu soubesse brincar de Pollyanna, mas como disse Clarice Falcão, não seria eu...
Queria dizer primeiramente que a casa é muito boa, três andares vão garantir umas pernas oh la la, ainda mais quando estou no quarto e lembro que deixei roupa na máquina. Mas sério, ter pátio é tão bommm! Não me preocupar com os vizinhos de cima que estão dormindo à tarde e que os pulos do Fabian vai acorda-los, é um alento. O Yoshi anda como pinto no lixo, e volta como um porco com as barbas cheias de folhinhas e as patas molhadas pelas lajotas. Descanse em paz dona neura, ninguém disse que era  fácil. 
De todas as coisas que seriam diferentes do que eu imaginava e, que me custariam algum tempo para me adaptar, não pensei nele. Ele me bagunça os cabelos e dança com eles para um lado e para o outro, tanto que quando entro novamente estou como a Marge Simpson. Estender roupa é tarefa hercúlea, digna de desafio de talkshow. Quem irà estender toda a roupa no varal em dois minutos? Valendo! Ahhh caiu...caiu... E as camisas ganham vida própria, se balançam ao som de Macarena e caem exaustas na grama. Depois rolam. As mantas e lençóis se enrolam sobre si mesmos como bichos desesperados para se verem livres, até soltarem-se dos prendedores e caírem também. O vento parece  assobiar Let it go. E rir. 
Cheguei a conferir no google a quantos km ia ele, pensei ser mais a de cem, pois a impressão é de que vivo um tornado a cada dia, mas não, apesar de parecer mais robusto, Monsieur Mistral é como o nosso Minuano, la do Sul. "Sempre que me acontece alguma coisa importante, está ventando". Ana Terra nunca diria isto a menos que sua vida fosse como daquelas bloggers famosas, pois segundo já ouvi dizer, aqui venta 300 dias por ano...

Lindo dia para um passeio. Seria uma pena se o vento pensasse o mesmo.

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