sexta-feira, 29 de abril de 2016

Stress pós-traumatico

No caixa do supermercado, um bebê chora no carrinho. A mulher com que ele estava, à volta de uns quarenta anos, enfiou nervosamente as notas do troco na carteira, a moeda ficou pelo caminho. As suas mãos estavam tão atrapalhadas e apressadas que levou mais tempo do que se fizesse com calma. Enquanto isto, o Fabian repousava o queixo sobre o tapete das compras, quieto, apesar de eu ter lhe negado minutos antes meia dúzia de coisas. Sempre que presencio este tipo de cenas sinto um desconforto la no fundo. Ainda não esqueci o inferno que foram os primeiros anos e não consigo achar 'graça' em bebês e crianças pequenas. Olhei para aquela mulher e quase pude sentir o seu cansaço, mas tão logo a notei, mais rápido ainda  desapareceu porta à fora, levando o bebê que chorava. A senhora do caixa elogiou o Fabian, como era bonito e grande, coisa e tal, agradeci sorrindo, mas na minha cabeça ainda pairava aquele choro, aquele choro parece que nunca pára aqui dentro.

Um comentário:

  1. Caramba...
    Meu filho tinha muita cólica, e era bravinho pra dedéu.
    Agora ele ta ficando diferente, ta com sete meses, e tá naquela fase de olhar pra mãozinha por minutos a fio...
    Acho que ele ta crescendo rápido demais! O chorinho nem era tão aquelas coisas... Já to sentindo até saudade!

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