sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Os filhos dos outros

Sinceramente não tenho lá paciência para aturar crianças. Uma coisa é o meu filho, que junto não sei de onde um pingo de fôlego, mas com os outros não funciona. Vamos combinar que crianças de comercial de margarina, aquelas educadas que se sentam à mesa sem derrubar comida e esperam até o fim da refeição, as que não mexem em nada na casa quando vão de visita, só existem na cabeça daquelas velhas que insistem em dizer que os filhos/netos daquela época eram assim. As crianças são como feijão que azeda caso não seja fervido uma vez ao dia. Criança sem corretivo dos pais, azedam a paciência. E lá ficamos com um sorriso amarelo e pensamentos homicidas escondidos entre um "deixa estar a pobrezinha", "não foi nada, é só um porta retrato que comprei em Paris, mas não faz mal, vou lá todos os anos não é mesmo?". 
Mas confesso, nestas horas eu fico aliviada por não ter uma menina. Isto porque reconheço que meu filho é um pé no saco, tem tanta energia que deixaria o Denis o pimentinha parecer o menino mais comportado de um colégio de padres. Mas não consigo aturar a tagarelice das meninas, principalmente naquela fase que vai dos 3 aos 20... E quando vê, com aquelas perguntas meio a apontar que fazemos algo errado que devia ser assim, isto no alto dos seus seis anos. E quando dizem aquelas invenções de que os pais dela tem um computador melhor, que o irmão faz isto ou aquilo, que costura com dois anos, que sabe inglês, francês e espanhol. Ta bem, uma hora passamos de olhar complacente a pensar em responder com requintes de maldade. Ora, mas que feia que sou. Mas confesso, crianças depois de uma hora de visita são letais ao bom humor. Que bem faziam os pais a se restringirem a visitas de médico, ou então um shot de maracujá com camomila e quem sabe um rivotril? Ou quem sabe o que seria mais prático, darem um pouquinho de limites a seus queridos monstrinhos?

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