E é assim incontáveis vezes no dia. Mããe. Ô mããe. Manhê! Olha, olha, olha o cófaço*! Vou olhar a coisa espetacular e é um pulo seguido de um despencar sobre o sofá. Ou um gesto a bagunçar o cabelo. Ou uma empinada discreta no patinete. Quando estamos eu e o marido então é uma guerra. Intromete-se quando falamos para olharmos qualquer coisa que ele está fazendo neste momento. Eu já me peguei gritando para o Fernando: olha de uma vez porque aí ele pára!! E de fato isto apazigua o pequeno por instantes até inventar uma nova dança ou coisa do tipo.
Já vi pais falando mal da adolescência, do quanto o filho não quer saber de ninguém, que chega em casa e se tranca no quarto e só sai de lá para comer. No quanto sentem-se tristes porque os filhos não os acompanham nos programas de antes e que agora tem tempo só para o casal, tempo demais. Escuto com toda a atenção possível e tento simpatizar com a dor deles, mas tudo o que penso é que esta fase ermitã parece o céu depois da overdose de interação na primeira infância.
Vá, me dêem um desconto que estou há três dias com o Fabian em casa, faz frio e chove sem parar.
*o que eu faço
Conheço bem a sensação. As minhas Ms. serão mais velhas (6 e 8 anos), mas nos 5 lms que distam da escola até casa chego a ter de responder a mais de cinquenta perguntas e a repetir vezes sem conta que não posso olhar porque estou a conduzir!
ResponderExcluirNão sei do que você está falando realmente, porque ainda não tenho filhos, mas entendo. Na verdade, ao ler essas coisas, minha vontade de ter filhos diminui. Algumas coisas me fazem pensar se vale a pena ter filhos. Tenho amigas grávidas e continuo perto delas para não perder a amizade. Elas me convidam para eu fazer companhia a elas para as compras de enxovais de bebê. Afirmam: Ah! É tão gostoso! Mas eu não consigo ver nada de gostoso em gastar um monte com o filho e com ela nada. Mais chato ainda acho, o fato de eu aceitar a fazer os programas delas, mas quando as chamo para ir ao cinema comigo, respondem que não podem ir porque estão grávidas! Enfim... posso estar sendo radical, mas não queria que minha vida acabasse depois ter filho ou de apenas engravidar...
ResponderExcluirTimtim! Pois e ele ainda não chegou nesta fase, imagino quando chegar hehehe!
ResponderExcluirBeijinhos
Anônima, não vejo problema nelas irem ao cinema grávidas, eu fui, isto é desculpa...
ResponderExcluirMenina, não te sintas obrigada a ter filhos, se não tens vontade, relaxa, as pessoas vendem uma ideia de que só se é feliz se tem filhos, isto não é verdade. Pode-se ser completa e feliz convivendo bem com as escolhas que fizermos.
Beijinhos
Agradeço o apoio Bonitinha... Beijosss
ResponderExcluirTodas as crianças são assim. A paciência e a capacidade de lhes dar essa atenção quando eles solicitam é o truque. Como bem dizes, se ele chama pelo pai para ver o que faz o pai deve olhar e não ignorar. mãe, pai, tio, whatever...
ResponderExcluirAs crianças funcionam a um ritmo diferente dos adultos. Se lhes dermos atenção nos momentos que pedem ficam felizes. Depois como funcionam noutro ritmo, logo a seguir descobrem que são capazes de fazer outra coisa de forma um pouco diferente e querem partilhar. Volta-se a dar atenção.
Se ele sentir esse apoio fica bem. Se começar a sentir carência então fica mais chato. Não é fácil corresponder às solicitações constantes de atenção por vezes total mas também não é o fim do mundo. E sempre se deve ir explicando que por vezes não dá, que ele deve esperar um pouquinho, mas um pouquinho é mesmo segundos para eles.
Timtim, por essa altura as crianças estão cheias de saudade da mãe e querem com uma compulsividade devoradora partilhar com a mãe todas as novidades do dia. tudo o que acham que descobriram de novo. Querem os mimos e a atenção daquela pessoa que para elas é tudo mas que não viram o dia todo - para elas uma eternidade. É natural e são saudades. Terás de continuar a explicar que estás a conduzir até entenderem (já devem ter entendido) que se trata de uma tarefa que dura mais que uns segundos.
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