Há uns tempos atrás escrevi um post em que dizia que não acho graça em ter gêmeos, é uma opinião pessoal, ainda por cima escrita em um sentido desabafo/com pitada de humor em um momento que a pouco havia limpado dois litros de amaciante que meu filho tinha derramado na cozinha. Até aí tudo bem, nada de polêmico, nem de xingamentos...até que alguma alma muito astuta teve a ideia de publicar em todos os grupos de mães de gêmeos do Facebook. Deve ser uma pessoa com a vida muito preenchida que pensou: e se colocasse lenha na fogueira? Imagino o ar de triunfo da pobre criatura com a tocha na mão: vejam, vejam o que ela pensa de nós!! E como se a minha opinião tivesse grande peso para a vida destas frequentadoras, foram comentários e mais comentários de gente triste, infeliz e de mal com a vida. Só destaco uma menina que apesar de não ter concordado, foi muito educada e não merece estar no mesmo bolo que as outras.
Nunca em tantos anos de blog tive tantas visitas diárias. Isto poderia ser o sonho de qualquer blogger, mas não é o meu. Principalmente de mães neuróticas e muito religiosas todas elas crentes no bom Deus que não me "deixou" engravidar de gêmeos por pena das criancinhas.
Como ia dizendo, em todo esse tempo de blog é a primeira vez que necessitei desativar comentários anônimos e a também a primeira vez que recebo verdadeiras pérolas por email, pérolas que me fazem lembrar o quanto é bom ter um espaço pequenino, na penumbra como era o meu.
Estas pessoas não entendem que A: este espaço é meu e aqui exerço o meu direito de opinião. B: os comentários discordantes serão publicados desde que sejam educados. C: o post foi feito neste contexto e aqui, e não com o objetivo de "entrar" no espaço virtual das mesmas. Quem o fez e deu-me este protagonismo foi uma delas e não eu. D: é o que muita gente pensa, não sou só eu. E muito provavelmente já tenham ouvido de gente na rua e até na própria família. Mas EU não tenho nada a ver com isto. EU nunca falei para ninguém na rua o que penso, como disse não é do meu feitio. Agora falar disto no MEU espaço é completamente diferente.
Agora vamos ao lado maternal. Quantas das que vieram me acusar de ser uma péssima mãe ficaram em casa com os seus filhos e acompanharam o seu crescimento? Ou melhor, quantas não colocaram em uma creche aos 5 meses e voltaram louquinhas para trabalhar porque já não aguentavam mais ouvir choro de criança? Quantas abstiveram-se de sair a barzinhos, de ir no cinema por meses? Quantas deixam o(s) seu(s) filho(s) com qualquer um? Como me disse uma do "beijão": quantas deixam os seus filhos para ir em um baile funk? Quantas sentam no chão para brincar com seus filhos? Quantas leem para eles, levam na pracinha ao invés de colocar desenhos na tv? Quantas não ficam horas no facebook? Armam-se em defensoras da moral e bons costumes da maternidade e vai se a ver tem muito tempo para andar em polêmicas a procurar cabelo em ovo.
E por último: porque o que eu penso (que não sou nada delas, nem as conheço benza Deus!) tem tanta importância? Isto tomou proporções tão ridículas que só leva-me a pensar que: ou tem qualquer tipo de frustração recalcada e aquilo bateu fundo ou é uma tremenda falta do que fazer. Já que quem é feliz com sua vida e com o que Deus lhe deu não tem a menor necessidade de se revoltar por uma coisa tão pequena. Ou tem?
ohhh Nyne nem vale a pena dares-te a tanta explicação, é só para chatear e para lançar achas na fogueira precisamente porque não têm o que fazer, precisam de apimentar o dia!
ResponderExcluirBjos
Maggie
Oh Maggie, mas foi de enxurrada e não param mais, assim já fica tudo explicado, só não tenho certeza de o Q.I. alcançará a mensagem!!
ResponderExcluirbeijinhos
Gostei de ler! As pessoas com demasiada facilidade sentem-se atacadas por uma opinião pessoal.. somos livres de as ter e exprimir!
ResponderExcluirFelizmente somos todos tão diferentes... senão isto não teria piada nenhuma.
Bj
Pois é Mieke, não se pode dizer o que se pensa nem no seu próprio canto? Uma delas me sugeriu apagar o que escrevi que ia ser melhor para todo mundo. Ahn? Mas ainda vivemos na ditadura ou o que?
ResponderExcluirBeijinhos