segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Hoje to com a macaca

Quando tentei sorrir (por educação) hoje foi mais ou menos isto.


O marido teve uma excelente ideia às seis da manhã: levantou-se, espiou o telefone e trouxe o Fabian que estava dormindo serenamente para o meu lado na cama. No mesmo minuto eu perdi o sono e enquanto tentava fechar os olhos com mais força xingando em pensamento, a voz do Fabian não se calava. Mamãe...o papai não vem? Posso nanar com o papai? Tá na hora di acodá! Nisto ouvia-se um ronco incessante. Ah pára! Agora consigo escutar a vizinha de cima roncando, era só o que me faltava. Eu com insônia às seis da manhã, o Fabian tagarelando e o ronco da vizinha. Ia mandando ele ficar quieto e dormir que o pai estava no banho e depois viria buscá-lo, mas só depois descobri que o ronco era nada mais nada menos do que o do senhor meu marido!!! 
Levanto com apenas cinco horas de sono e meto-me no chuveiro a ver se aparecia com uma cara decente na aula. Cai o shampoo nos olhos e quando olhei no espelho só tive vontade de gritar ao ver a cara de chapada que estava: com os olhos pequenos e vermelhos... Chegando na aula, constato a carrada de georgianos, russos e polacos que invadiram o curso e agora temos de retardar todo os que estavam avançados para dar matéria aos recém chegados. Voltamos às aulas de mímica e ao verbo être e avoir.  Tanta emoção! Saio da aula para buscar o Fabian já puta da cara o suficiente para me dar conta de que chovia e tinha esquecido o guarda-chuva em casa. Mas como nada está ruim que não possa piorar, na volta percebo que a chuva passou a neve... muita neve. O Fabian pede para amarrar os tênis no meio do caminho, flocos de neve entram-me nos ouvidos e na boca. Venta. O sinal fecha, as minhas calças vão ficando com grandes bolas brancas que caem e deixam redondos molhados. Isto seria chato se eu sentisse as minhas pernas, mas não as sinto de tanto frio. A sombrinha de uma menina passa pelos nossos pés. Podia gentilmente fazê-la parar para que ela a alcançasse, ao invés disto, desvencilhei-me com raiva e segui no vento e no gelo. Tá certo São Pedro, entendi o recado. Só te aviso uma coisa, não tenta esfriar a cabeça de uma mulher menstruada. Não tenta. Ah e tal a neve é linda, é romântica (só que não). Manda bombons São Pedro, não melhor, manda meus quilos embora, caramba que tu não tens muito jeito com as mulheres...

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