sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

All by myself

Da para pular a parte do ano novo e ir direto para o dia em que a gente vai rir disto em uma cabana nas Maldivas?



Não tenho escondido de ninguém, de fato tenho inclusive feito questão de dizer que este final de ano vamos passar somente eu e o Fabian em casa. As pessoas se esquivam com um sorrisinho cretino no canto da boca, ah , mas ao menos ele vem para o natal. Verdade, já é uma coisa. E que mania a minha de querer ter a família reunida ou pelo menos, a pessoa mais importante da  minha vida ao meu lado à espera da contagem para a meia noite! Eu sei que nada muda no dia primeiro, que tudo estará como deixamos antes, junto com as taças vazias de champagne sobre a mesa. Mas é a magia do momento, é o fechamento simbólico de um ciclo, onde teoricamente deixamos as tristezas para trás e nos renovamos de esperança e forças para o ano seguinte. E eu ainda não me decidi o que vou fazer, se eu faço de conta que é um dia como qualquer outro, ponho o Fabian para dormir cedo e  vejo um filme no netflix ou se me abalo até a praça Bonaparte para assistirmos a queima dos fogos. Vai depender do tempo e do meu humor, coisa que só vou saber no dia. 
Tenho de parar de imaginar o mundo à minha medida, esperar ser convidada numa destas para não passar sozinha, isto não vai acontecer pelos vistos. Muito provavelmente eu até dissesse não, obrigada, mas isto acalentaria a ideia de que fiquei sozinha por escolha. De qualquer forma, acho que vou de Celine Dion à meia noite, bem alto que é para causar algum remorso neste iceberg que os franceses tem no canto esquerdo do peito. Não me tomam por rainha do drama à toa, não é mesmo?




           Qualquer semelhança não será mera coincidência.

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