Não, não é o sorvete de arroz doce da ali na Rua da Prata, mas é o de morango na Rue de Austerlitz que desce pastoso e fofo como se quer o bom gelato. Não é o rio Guaíba, tampouco o Tejo, mas é o Ill serpenteando pelos contornos da cidade tal como um amante acaricia o corpo de sua amada. Dentro das pequenas janelas de madeira a cidade espia os habitantes, escuta a conversa jogada nos bancos, fotografa em câmera lenta os ciclistas e seus mil e um code dress que vão desde o praiano ao sport chic com salto agulha.
Ainda bem que existe outro dia, outros sabores e outra vida a esperar por nós ao virar da esquina. Ainda bem que podemos virar a página e suspirar de alívio que o que temos agora compensa o que deixamos para trás.
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