A montanha fica paradinha esperando Maomé. E é assim, a montanha não vai a lugar algum. Quer dizer, algum lugar atrás de Maomé, foi mais ou menos isto que disse a minha vó. Estou de braços abertos esperando ela e mais alguns familiares que queiram nos visitar, mas ir ao Brasil tão cedo, não quero. Não tenho paciência para ficar na casa de ninguém, pelo contrário, dou tanto valor a este cantinho que é nosso que nem me passa pela cabeça. Acho que as coisas que passamos ainda estão tão vivas na pele, tantos sapos engolidos, tantas desavenças, que pela primeira vez na vida e quem me conhece sabe que isto é verdade, não tenho a mínima vontade de ir ao Brasil. Não fechei a porta, apenas não estou a fim de abri-la tão cedo, é só. Maomé tem de parar de preguiça e ir mesmo até a montanha.
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