quinta-feira, 21 de março de 2013

Ei você aí! Quer ser pai do meu filho?

Dois desconhecidos e o sonho de serem pais. O detalhe é que o recente modelo de parentalidade norte-americana surgiu de uma vertente das agência de encontros para namoro e/ou casamento. Fico a imaginar como seriam estes encontros com cinco dedos de conversas até o sininho tocar. E qual seriam as exigências para que o parceiro perfeito se materialize ante feições nunca vistas? E como sempre, imagino que as mulheres colocam mais condicionantes que os futuros pais. E o que poria aquele estranho como o predestinado e o que o descartaria? Chulé? Mau hálito? Um coçar no queixo irritante ou a roupa antiquada? Que se passa na cabeça de pessoas que usam deste serviço para tomar um dos passos que creio eu são os mais importantes na vida de uma pessoa? É que não há volta a dar, é um filho, não um animal de estimação. O interessante é que as pessoas entrevistadas disseram não buscar qualquer envolvimento amoroso e sexual, buscam tão e somente alguém com quem dividir as tarefas (e as depesas) que uma criança acarreta.  Na reportagem, entrevistaram uma mulher que abriu a porta de sua casa para um completo desconhecido, reservou-lhe um quarto e após algumas semanas de convivência, a prova de uma amizade nascente: um pote com sêmen. A orientação sexual do parceiro, homossexual, não impediu que sentisse nele a figura paterna para o futuro rebento. 
Está certo que a princípio é de espantar-se com a naturalidade do "casal", mas o que são por exemplo pais divorciados que não (frequentemente) estranhos a tentar gerir a criação dos filhos?

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