quinta-feira, 7 de março de 2013

Eu via

Ando sem vontade para ver os mortos. Faz tempo... Não quero que me visitem, não quero que me apareçam na frente da cama, não quero que me venham tirar à força do corpo. O corpo é meu e eu saio quando quiser! Entenderam?
Sou cagona, extremamente cagona para estas coisas e preferia não ver nadica. Em Portugal acontecia muito de acordar de madrugada e ver alguém no quarto a olhar para mim. Outra vez tive mesmo de gritar e acordar o marido, pois tinha uma velha em cima dele a lhe puxar os fluídos vitais pelo nariz. O marido quase tinha um ataque cardíaco quando fazia destas, mas ficava completamente apavorada e esta era a minha reação mais rápida. 
Lembro-me de uma vez há uns dez anos atrás estar dormindo na casa da minha vó, no quarto que pertenceu a minha tia. Detestava dormir ali, tinha sempre medo. Às vezes eu ia de travesseiro e tudo e pedia para o meu vô dormir lá e ficava dormindo com a vó. Cansei de fazer isto. A minha mãe pirava quando até os 12 anos ia dormir no chão do quarto dela se acordava no meio da noite. Pois então estava lá dormindo e de repente acordo-me com a intenção de me virar e quando abro os olhos dou de cara com um homem a me olhar. Fiquei sem reação. Nem sei como não me caguei toda. Ele me olhava e não desaparecia quando piscava os olhos na tentativa de me convencer de que não passava da minha imaginação. Ele estava sentado ao meu lado, literalmente ajoelhado sobre mim, com o rosto muito muito perto. Tinha olhos azuis, mas como eu poderia saber se estava escuro? Não sei, mas tinha e era branco com o cabelo castanho claro. E estava nu, ou pelo menos com o dorso nu. E me olhava com curiosidade, com calma. Não tentou dizer nada, apenas olhava e tinha até olhos serenos. Devo ter pensado em milhonésimos de segundos "o que tu quer de mim". Antes de sair correndo para o quarto e obrigar o vô a dormir naquele quarto. Depois falando com uma amiga que partilha das mesmas crenças espíritas, ela solta um palpite: acho que era o teu filho. Geralmente visitamos os nossos futuros pais antes de encarnar, mesmo que na Terra pareça que faltasse muito, uma década, o tempo no mundo espiritual é vivido de forma diferente. Pode ser que tenha sido, até recordo-me de um sonho quando ainda estava grávida em que um jovem me pedia para chamá-lo de Adrian porque era o seu nome e não de Fabian como eu pensava e de fato coloquei no meu filho. Enfim...há muitas coisas entre o céu e a Terra, se há.

7 comentários:

  1. ui que panico, estou arrepiada, tenho medo destas coisas, felizmente não costumo ver nada que seja de outro mundo, uffa.

    bjos
    Maggie

    ResponderExcluir
  2. Ih Maggie, muito pior foi ver uma menina de cabelo preto, isto sim me deixa arrepiada até hoje, durante muito tempo não consegui mais dormir de tarde...
    beijinhos

    ResponderExcluir
  3. Deves ter o que se chama (falam as amigas entendidas) "a caixa aberta", pois eles (os espiritos) falam contigo e tu podes ve los...que medo...

    Coragem e feicha os olhos, ok?!

    Bjs
    Marina

    ResponderExcluir
  4. Marina, falar não falam, eu fico aterrorizada que só quero que desapareçam! Alguns vem mesmo para me assustar, outros para "roubar" energia... Nunca vi ninguém bom, talvez porque não tenham um padrão vibratório assim tão elevado lol.
    Beijinhos

    ResponderExcluir