segunda-feira, 3 de junho de 2013

Reconheço a minha "grossura"

"Sem as pequenas hipocrisias mútuas nos tornaríamos intoleráveis uns para os outros." 
Emanuel Wertheimer

Em que ficamos então? Qual o limite entre hipocrisia e falta de educação? Eu bem disse anteriormente que sou uma pessoa honesta com relação ao que sinto, sinto-me muito desconfortável quando tenho de fingir alguma coisa. Apesar disto sou daquelas que não expressa o que pensa só porque sim, numa de ah sou antêntica e tal, tomá lá com a minha sinceridade. Mas aqui neste cantinho virtual posso dar-me ao direito de dar vazão ao que sou, ao que não digo porque além de muitas vezes ficar mal, não é direito meu dizer. Tenho 90% de certeza que o meu enteado leu o meu blog e que por isto chateou-se comigo pelo que escrevi sobre a morte do padrasto dele. Ora, tenho pena porque nunca me passou pela cabeça que ele viesse aqui parar e as coisas que dito aqui são apenas desabafos e servem para isto mesmo. Já pensei em privatizar o blog, porém gosto desta interação, assim como também respeito quem venha aqui só para ler e não goste de ser seguidor ou comentar. Respeito porque eu também o faço. 
Depois também há o outro lado, ele veio aqui com um propósito, quase como se viesse saber da minha opinião e talvez em busca de resposta ao meu silêncio sobre a notícia indiretamente dada a mim. Então se veio por isto encontrou. Sou assim, fazer o que? Quem me conhece sabe que pode contar sempre com a minha sinceridade se a pedir. Mas é coisa que jamais falaria a ele, pois reconheço que apesar da pessoa em causa não significar nada para mim, ele deve estar sentindo este baque. 
Devia eu ter traído os meus princípios e ter dados os meus sentimentos insinceros? Possivelmente se fosse uma amiga ou uma pessoa próxima com a qual tivesse mais intimidade, não me custaria tanto. Também não sou nenhuma ingênua para saber que há momentos em que é quase inevitável ser falso, porque dói menos, porque nos poupa de incomodações futuras, porque deixa os outros felizes. Quem nunca? 
Mas a eles (aos dois filhos do Fernando) dediquei-lhes o meu silêncio, pois sempre pensei que  se não temos nada de bom para dizer, mais vale ficar calado. Pois tudo foi tratado com a maior das discrições que é no fundo a vontade da família deles por parte de mãe. Respeito e por isto vou continuar na minha, mas também não vou pedir desculpas pelo que sinto.  

3 comentários:

  1. eu concordo totalmente com o sr. Emanuel:)
    Há pessoas que se desculpam com a frontalidade quando na verdade são simplesmente mal educadas e rudes.
    Um beijinho

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  2. Tens razão, quem nunca teve de ser um pouquinho falso? O problema de me custar tanto neste caso é pela carga emocional do passado do marido. Estas pessoas tomaram algumas atitudes que refletiram indiretamente na minha vida e por isto sou incapaz de ser falsa neste momento. Preferi o silêncio... mas pelos vistos tenho um enteado voyer lol! Não me incomoda que ele leia o que escrevo, só tem de aceitar as consequências disto: aqui sou sincera e ponto final.
    beijinhos

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