segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Da série #sou louca 2

Quando estou muito, mas mesmo muito triste não escuto música, nem saio para correr, nem escrevo. Tá bem, às vezes escrevo. Mas tem horas que a tristeza e a fadiga é tanta que até a vontade de escrever se esvai. E é aí que gosto de imaginar o meu velório. Imagino o caixão, as pessoas em volta a cochichar, os familiares chorando e se lamentando o quanto eu era boa, inteligente, bom coração, etc etc. E não sei porque, mas isto me faz sentir melhor, parece que aquelas pessoas me dizem tudo o que preciso ouvir naquele momento. E então páro e vejo que a tristeza já não é assim tanta e que apesar de tudo ainda estou viva, e nada é tão definitivo quanto o fim desta jornada (porque há outras mais para mim). Uma pessoa que conheço costumava dizer assim: se não existe solução para um problema, é porque solucionado está. Traduzindo: não vale a pena pensar e dormir e sofrer sobre um assunto que não depende muitas vezes de nós. A chave é aceitar. E seguir em frente. No entanto, sei eu que sou uma dramática, preciso de uma pausa para por o velório as ideias em ordem e ir à minha vida (sem trocadilhos).

2 comentários:

  1. É isso... a aceitação é o 1.º passo para a compreensão. Curioso, quando era adolescente e me encontrava com todas aquelas questões existenciais e o mundo parecia que me queria engolir, eu pensava tb "namorava" a morte. Como seria,quem estaria, o que diriam? mtas x, são próprios aspetos em nós que já não servem e há que fazer o luto, o tAL velório que falas ;)

    ResponderExcluir
  2. Que legal Carla! não sou só eu a fazê-lo heheh!

    ResponderExcluir