domingo, 11 de novembro de 2012

O que há com as revistas femininas?

Alguma coisa acontece quando se chega quase aos trinta. Quanto a mim, deixei de acreditar em revistas femininas. A começar pela capa, eles photoshopam tanto a atriz/modelo/filha-do-editor-da-revista que deixam a criatura com cara de museu de cera. Lá pelas tantas um braço ou um umbigo é esquecido, mas ninguém nota não é mesmo? Todas querem aquela cintura de "quebrei algumas costelas por isto".
Madonna é você??
Depois há aquela sessão básica de "faça 20 looks diferentes usando alparcatas com um paletó rosa do seu marido". Depois tem a parte de artesanato ultra chic que os preços estão sempre acima de três dígitos antes do zero (dica importante: não tente fazer isto em casa...ficará ridículo, acredite). E tem também aquela parte das perguntas da leitora: se eu fizer sexo oral quando ele estiver com diarreia corro algum risco?
Como posso esquecer o carro chefe que é a dieta?? A dieta da vez não tem nada que não se saiba. Comer bem (pouco), se matar na academia fazer exercício e muita água. 
E você esperando o que? Algum chocolate que emagreça?
Há alguma coisa estranha com a entrevista da modelo de capa: tem sempre um corpo invejável que conquistaram com... não comer depois das 18 horas? Sério que alguém faz isto? São todas naturais, são contra botox e cirurgia porque querem envelhecer bem. É que a natureza foi muito generosa com elas, só isto. Que maldade ficar procurando as cicatrizes da lipo meninas!
Confessa que você não faria tudo pelo telefone do cirurgião dela?

É bizarro, muito bizarro constatar que estas revistas são supostamente direcionadas para mulheres maduras, não para adolescentes. No entanto o que vendem é tão batido, sempre as mesmas coisas e as mesmas ilusões que até duvido se secretamente elas não sejam mesmo feitas para as meninas que já tem vergonha de ler a Capricho. Mas o pior de tudo, o que me fez aos poucos desconfiar deste jornalismo cor-de-rosa, foram aquela parte das "histórias reais", contos eróticos, como diz o meu marido, mela-cueca, em que a mulher conta (absolutamente tudo) sobre o seu encontro para lá de hot e perfeito com o cara mais gato do café cubano que encontrou enquanto ia acompanhada com as amigas em uma despedida de solteira . A ladainha é sempre a mesma, muda-se o local e o nome fictício, mas de alguma maneira surpreendente sempre consegue-se chegar a múltiplos orgasmos com um desconhecido e que garantem elas, nunca mais querem vê-lo. Jura? Se um cara conseguisse isto comigo seria o David Copperfield. E eu não largava do pé dele até ele revelar a mágica para o meu marido. Ops, não, mas este seria o Mister M. Mágico errado, mas também tava valendo...                       

Resumo da história guarde os tostões para um cachorro-quente, porque a gente já sabe que a dieta começa segunda. E a gente sabe que não vamos passar da primeira semana sem querer cometer um homicídio. Vamos ser feliz com o que temos, que na minha opinião modesta, homens devem preferir fazer amor com mulher de verdade, mesmo com celulite e estria, do que ficar batendo para uma de papel. 

4 comentários:

  1. boa!!! é mesmo assim!
    Consegues escrever tudo o que passa na cabeça feminina...tou mesmo fartinha destas revistas pfffffff, mas mesmo assim vou comprando, da pra perceber???
    nao, claro que nao!
    Marina

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    1. Se eu disse que não leio, estarei mentindo, eu leio, mas é nos consiltórios e salões de beleza. Já não gasto com isto hehehe

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  2. ahahaha! mas tu devias tentar a sorte na área da critica. cada vez mais realisticamente aperfeiçoada. bj

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    1. Oi Carla! Obrigada pelo elogio :D
      Quem me dera investir nisto!! Que, sabe um dia?
      Beijocas

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