sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Brasileiro já nasce sambando

Não é verdade. Aliás tem gente que nem de samba gosta, mas que está nos genes uma suposta facilidade para mexer os quadris, já acredito. Lembro-me a primeira vez que tentei sambar, devia ter uns cinco ou seis anos e era sofrível de ver. Depois quando estava na escola, a minha amiga mulata, cintura fina e bunda proeminente, disse-me com toda a sinceridade que eu era uma naba. Não se troca os pés assim e se faz com os cotovelos como os bonecos de Olinda. Explicou-me pacientemente o movimento cadenciado, malandro dos pés a ciscar, o bumbum a acompanhar desinibido. Acho que demorei uma semana, mas cheguei lá e depois o corpo acostuma e é só ouvir um batuque que os movimentos saem naturalmente. Por isto ao lembrar de um dia quando sentenciaram que brasileiro já nasce sambando, não pude deixar de rir com a imagem do marido a sacudir-se como uma galinha assustada. Deve ter sido os genes recessivos dos alemães ou espanhóis que por ali triunfaram.


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