quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Eu sei, mas é incontrolável



Sei que não devemos fazer juízos de valor sobre a cultura alheia, mas não consigo deixar de ficar perplexa diante de algumas coisas. Por exemplo, acho muito estranho o jeito fechado das crianças daqui. Não são de maneira nenhuma tristes, são crianças que riem, que brincam, mas entre si. São crianças incapazes de fazer amizade com crianças desconhecidas e quando digo fazer amizade, refiro-me apenas a brincarem juntos naquele momento, não é a amizade do adulto. Tenho notado a ânsia que o Fabian fica de se enturmar em uma brincadeira e noto que muitas vezes apesar das outras crianças regularem de idade com ele, não querem nem saber. Para os franceses vale a máxima: eu já tenho amigos, para que preciso fazer mais? E isto eu já sabia que para os adultos é quase uma verdade absoluta, agora para as crianças, imaginava que ainda reinava alguma espontaneidade, mas estava enganada. Os amigos que uma criança francesa faz são na escola, onde ainda bem, o Fabian já tem alguns. Agora fora de questão tentar fazê-los em um parque, é inútil. Eles ignoram-no completamente. Se já tem amigos, não precisam. Se estão sozinhos, estão bem assim. Ora que povinho difícil hein?!

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