quarta-feira, 6 de novembro de 2013

O maravilhoso mundo dos usados

Não fui criada em uma cultura em que as coisas usadas são bem aceitas. Lá os brechós e bugigangas em segunda mão são para os pobres legítimos. E é tão arraigado que alguém só se desfaz de algo se for para colocar no lixo ou doar, mas em péssimas condições. Há lojas que vivem só disto, mas os móveis e roupas que vendem estão em tão mau estado e o preço é tão caro que mais vale por umas notas em  cima e comprar novo, ainda mais com a facilidade em pagar em prestações. 
As coisas de segunda mão me foram apresentadas pela necessidade, estava grávida e o dinheiro estava muito curto e precisávamos mobiliar o quarto do Fabian. Descobri o olx, o custo justo e o quarto dele veio em um conjunto de madeira maciça por um terço do valor que compraria novo. Depois vendemos tudo, fomos para o Brasil e naquela esperança boba, andamos pelos briques a fora (lá chamam-se briques) em busca de algo que se aproveitasse para rechear nosso quase futuro ex-canto que nunca houve. De volta à realidade: valeria mais a pena comprarmos tudo novo. 
Aqui descobri o leboncoin e de lá veio a cozinha, o roupeiro e cômoda, a mesa e cadeiras, carrinho de bebê e a mais nova aquisição é a "fiqueleta" do Fabian. Aliás acho ótimo investir em coisas usadas para crianças porque o tempo de uso é tão curto que encontramos peças praticamente novas. E ao invés de gastarmos em média 100 euros para uma bicicleta nova, gastamos menos da metade. Agora penso duas vezes antes de comprar uma coisa a estrear, vou lá bisbilhotar a ver se acho algo parecido antes de sair me atirando em qualquer loja.


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