domingo, 25 de agosto de 2013

Amizade à prova d'água

Dizem que podemos contar nos dedos de uma mão aqueles que são amigos de verdade. Pois eu digo que não sei se tenho amigos (o marido não conta). Penso assim, amigos de emails, de recordações, de conversas, eu tenho: uns dedos de uma mão. Mas aquele amigo com "A", acho que não. Ou melhor, tenho emprestado do meu marido,  a quem a amizade estendeu-se  a mim como por convenção masculina. O M. é talvez o único amigo que temos, aquele que se for preciso, tira as calças para nós vestirmos. O mesmo não podemos falar da mulher dele, enfim...isto é outra história.
E isto porque? Hoje tinha preparado um pudim e bolo de chocolate para receber as minhas amigas, duas da faculdade de História e uma dos tempos de escola e ainda a ex-professora do Fabian, que acabou por tornar-se um pouco amiga. Pois eu sei, chove há três dias sem parar, mas caramba, tirando uma, elas tem carro! E eu vou embora e sabe-se lá se ainda me veem nesta encarnação! Não vou até São Paulo e já volto, vou para a França! E isto devia significar alguma coisa, ou talvez até signifique. Significa que a nossa amizade não vale um banho de chuva, porque meu filho, quem quer realmente uma coisa dá um jeito, ainda mais nós brasileiros, né? E quem não quer arruma desculpa e já to farta de desculpas, além de farta de muitas outras coisas. E pergunto-me: afinal quantos amigos eu tenho? Quantos resistem a uma chuva? A um inverno ou a um verão? Tirando o M, acho que mais ninguém. Porque já disse que o marido não conta...

2 comentários:

  1. Estou como tu: amigos com A não tenho mesmo! Conheço muita gente de "olá", "Bom dia", "Tudo bem"... mas na hora em que preciso de algo só posso mesmo contar com a família!
    Beijos

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  2. Pois é Mieke, o que me irrita mais ainda é a hipocrisia do "ai que saudades", mas nem ao menos quando tem a possibilidade de se despedir, ligam ou mandam email, sei lá...
    beijinhos

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