domingo, 25 de agosto de 2013

C'est lui pour moi, moi pour lui dans la vie...


Já fiz uma série de posts sobre isto, mas como sou insistente, lá vai mais um: as pessoas decepcionam-me. É verdade, e eu reconheço minha parcela de culpa nisto. Queria ser daquele tipo de gente que não tá nem aí, que não espera nada de ninguém...algo do gênero monge budista que acredita que o desejo é o maior obstáculo para a felicidade. No entanto há algo que me impulsiona para isto, eu acho que as pessoas deviam ter alguma consideração pelas lembranças que deixaram em meu passado. E quem retorna ao seu país é como se entrasse em um túnel do tempo em que ninguém mudou, nada mudou, só nós mesmos. E esperamos encontrar o que talvez nunca tivesse sido. Agora vou parar de ser evasiva e vou direto ao ponto: as minhas primas por exemplo. Moram há quatro horas e meia de viagem e sabem quantas vezes nos econtramos neste um ano que estou aqui? Uma! E se fosse só isto, mas não é...quando querem realmente vir a uma festa por exemplo, ou como agora na semana Farroupilha, os piquetes e desfiles gaúchos, elas vem. E o que me irrita é depois a hipocrisia de mandar recados dizendo que tem saudades e que nos amam muito. Amam o cacete. Já falei das amigas, não disse? Esqueci de dizer da desculpa que uma me deu sobre a chuva, mas não percebeu que minutos antes postou umas dez fotos na casa da irmã com as sobrinhas. Ou seja, para vir me dar tchau é ruim por causa da chuva, mas para estar de visita em outro lugar já não é?
As pessoas decepcionam-me e esta talvez tenha sido a maior lição de todas. A de que somos eu por ele e ele por mim pela vida. Não há cá amigos, parentes, o diabo a quatro. Às vezes nem nos momentos felizes podemos contar com os outros que dirá nos tristes. Eu chamo agora de amizade/relação de conveniência. É isto, vou passar a usar as pessoas quando sentir-me só, quando quiser dar uma passeada no shopping. Aliás o que era também uma boa era existir alguma coisa como "amigo de aluguel". Será que os chineses ainda não inventaram? Aí a gente aluga literalmente alguém por umas horinhas e já está. Sem expetativas, sem jogos de ilusão, sem cobranças... ah que o mundo seria bem mais fácil. E honesto.

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