quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Não sei lidar bem com a sem vergonhice disfarçada de loucura

Para mim gente que não gosto tem cheiro de vinagre. Tem gosto de vinagre. E para ficar perto tenho de respirar pela boca e concentrar-me para não sentir o seu cheiro. Não gosto do meu cunhado. Não gosto de estar perto dele. Por muitos motivos, não só pelo fato de que já mencionei, mas porque me irrita simplesmente! Primeiro porque é daqueles artistas ou que se acham artistas, ele até pode tocar razoavelmente bem violão e guitarra, mas pelamordedeus é um martírio andar sempre a dedilhar um canção. Assim como a passar o dia todo a cantar trechos de músicas chatas. Deve ser por isto que mãe e filho dão-se lindamente. Um a cantar música chata, outra a cantar música chata religiosa. 
Ponto dois: chegou aqui na terça pela manhã sem avisar. Tem problemas com álcool (e drogas) e estava em uma reabilitação em um sítio de freiras, mas estas mandaram-no sair mesmo sem saber se tinha alguém em casa. Estamos falando de 9 meses de reclusão em que as saídas são liberadas uma vez a cada dois meses apenas por uma semana e é para ficar em casa. Foi a surpresa mais amarga que já tive nos últimos meses. Estávamos nós começando a curtir uma certa privacidade (meu enteado ficou aqui uma semana e volta na próxima quinta) e chega este coiso. E ao invés de ir para a praia com a mãe dele, não, vai ficar aqui até amanhã e volta domingo à tarde e fica até terça. 
O caso do meu cunhado merece uma explicação melhor, até porque eu mesma não sei como classificar esta figura. Como já mencionei nunca trabalhou na vida. Teve uma filha e quem pagava a pensão era a mãe dele. Anda sempre com umas ilusões de que é um grande músico, as tantas alguém contrata ele e a sua banda e vão nos dois primeiros dias e depois nunca mais aparecem. A sogra já alugou uma sala na paróquia para que ele desse aula de violão para crianças, ele nunca apareceu para dar aulas nas horas marcadas, a sala servia para reunião de seus amigos lunáticos metidos a músicos. E a mensalidade ele ficava com o dinheiro para ele. A sogra pagou a carteira de motorista e deu-lhe um carro. Ele todos os meses tinha multa e por último sofreu um acidente que deixou o carro sem perspetiva de conserto. O carro era usado para ir e levar os amigos para a praia, não preciso dizer quem pagava a gasolina nem o seguro. Um policial disse para um amigo dela que o carro já estava visado, que sabiam que transportava drogas e estavam à espera da próxima vez. 
Nestes problemas de álcool (que drogas a sogra não admite), o dito já fez horrores. Bateu, ameaçou, pegou para vender, incomodou até não poder mais. E agora andava internado. Se disser que não tenho medo, estarei mentindo. Mas o meu medo anda de mãos dadas com a repulsa que sinto. Não é cristão, não é certo, mas é o que sinto. Sinto repulsa e sinto raiva porque ele faz o que quer e nunca há consequências, há sempre alguém para lhe passar a mão na cabeça.
Se parece um louco? Um esquizofrênico? Parece muito! Mas então vamos tratar as coisas pelo nome e oferecer tratamento. Mas o que me irrita profundamente é que se trate como uma pessoa normal, mas na hora do aperto consideram que afinal ele não é bem bom da cabeça. Ora, cá para mim, uma sujeito assim devia ser internado para sempre ou então: rua! Ainda bem que vai embora amanhã...

2 comentários:

  1. Eu teria medo, mt medo de ficar na mesma casa/sitio ainda por cima com uma criança!

    Nao entendo como pode existir uma mae assim, tao permissiva? nao é normal, desculpa, mas se ela sempre foi assim, nunca ajudou/ajuda o filho...a nao ser financeiramente.

    Bjs
    Marina

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