sexta-feira, 10 de maio de 2013

Porque nunca acreditei em Marx

Um dos requisitos para se fazer História na Ufrgs era ser fã de carteirinha desta célebre personagem histórica: Karl Marx. Afinal isto dava um ar sério à coisa de adolescente filhinho de papai revolucionário-dos-tênis-allstars (agora Converse). Confesso que além de ter achado muito chato, já que o querido era da economia, apesar de atuar em outras áreas (filosofia, jornalismo, história). Sua linguagem nunca se afastou muito dos fatos numéricos e da sua obcessão pela luta de classes. Sua paixão pelo proletariado, a sua raiva para com a burguesia virou até piada para burguês ver. O negócio é que o Marx apesar de ser completamente contra qualquer religião e chamar os que acreditavam em Deus de tolos iludidos, foi nada mais nada menos que também um tolo. E digo isto porque? Ora vamos ver, esta história de socialismo para chegar ao cume do regime perfeito e solidário que é o comunismo esbarra por um obstáculo no mínimo curioso: a mesquinhez humana. 
Se perguntar a alguém se acha o sistema capitalista injusto, se este não for o Eike Batista, creio que 99.9% das pessoas vão responder que sim. Então o melhor seria o oposto disto, onde se oferece iguais chances de crescimento, educação, etc. Concorda? Concordo. Pois, um exemplo: se tu tivesses duas fazendas enooormes com terra a perder de vista, e do outro lado tivessem dezenas de famílias sem casa, darias uma fazenda para que se pudesse alojar esta gente? Claro, de bom grado. E se tivesses uma frota com dez carros importados e há escolas e centros de saúde com carência de viaturas, darias nove destes carros? Sim, claro. Pois e se tu tivesses três galinhas na tua granja e dois vizinhos a passar fome, davas duas das tuas galinhas? Eu hein, mas e depois de comer a minha não iria eu e minha família mais tarde passar fome?
Pois é. Na teoria é tudo lindo, maravilhoso...até chegar no que é nosso. Marx jamais contou com o egoísmo, com a avidez de dinheiro e poder que move a maioria deste mundo. Ele sequer imaginou que o Capitalismo não é em si o culpado por isto, mas tão somente o fruto desta forma de agir. Tão rápido combateu as crenças em um ser invisível e nunca enxergou o lado mais óbvio do seu "proletariado". Que é se um dia pudessem estar sentados em uma confortável cadeira de couro, com uma poderosa caneta à mão, fariam de tudo para que ninguém os depusessem deste devaneio. 
E outra coisa muito importante: mesmo que hoje fosse possível concentrar todo o dinheiro e riquezas deste mundo e depois dividí-lo igualitariamente com todos os habitantes, iria amanhecer o dia e já haveria pobreza e desigualdade novamente. E porque? Porque somos todos diferentes. Uns iam gastar o dinheiro em pinga bebendo a noite toda, outros iam guardar, outros iam pegar o dinheiro daqueles que esbanjaram para investir em seu bar para lhe render mais dinheiro, outros iriam roubar, outros vender o corpo. Não é justo também uma pessoa que se esforce, que trabalhe mais, que faça mais sacrifícios do que os outros, receber menos. Não é justo alguém que nada faça, receba no fim do mês a mesma quantia do que se mourejasse de sol a sol. 
Não, não sou uma ferrenha capitalista nem tão pouco odeio Marx e o comunismo, no entanto gosto de questionar sempre o que há por trás de tanta pompa (e às vezes arrogância). Também não escondo que se pudesse seria rica e não sei bem quais seriam as minha preocupações com quem ficou abaixo da minha renda. Acho que o comunismo até agora tem sido bonito na teoria, mas sabemos que na prática só deixou regimes de opressão e ditaduras familiares. O povo também deve querer viver desta forma, e vamos combinar que por enquanto o povo não quer. O povo quer é ganhar na loteria.

2 comentários:

  1. Olha explicas te bem, gostei, eu nunca tinha entendido la mt bem a politica do homem! Muito menos coloca la em causa, so tu mesmo!!

    LOL
    Marina

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  2. Bem se os meus ex colegas lessem isto, que sacrilégio hahha! É só de forma reduzida que isto não é um blog muito sério!
    beijinhos

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