Durante algum tempo vivi sentindo-me muito culpada com os erros e segredos que carregava por trás de um jeito tímido de boa menina. Achava eu que o mundo todo acertava, que eram todos muito bons naquilo que faziam, no casamento, no sexo, no amor, nos negócios. E talvez podia-se dizer que sim, eram bons em disfarçar que estava tudo bem. Que eram fiéis, que eram felizes, que eram inteligentes e bem sucedidos. Mas agora quase a beirar os trinta, vejo o quão boba era ao crer nos santos. Andar pelos altares a mendigar milagres...o que faziam eles para serem tão perfeitos? Todo mundo trai, todo mundo é falível, de uma maneira ou de outra, fisicamente ou em pensamento. Depois...deixei de acreditar em contos de fada e passei a acreditar em contos de foda ao ver que todas as minhas amigas traíram (seja em um período particular, seja regularmente), ao ver que todos os homens que me quiseram qual título de troféu, traíam suas esposas/namoradas regularmente, ao admitir que eu também traí. Não deixei de acreditar no amor e no casamento, talvez por ter uma cabeça mais masculina neste sentido, passei a enxergar as coisas como o são. O brilhante tom róseo deu lugar a minúsculas rachaduras em minhas lentes, e pelos pequenos frisos de múltiplas cores, fui entendendo que o amor, sentimento puro, construído e enraizado desde a infância entre bonecas assexuadas, nunca poderia existir de verdade. Este amor inocente é uma fantasia entre histórias inventadas por quem entendia pouco da vida. Finalmente, foi como deixar de esperar o papai Noel. Mas de maneira nenhuma deixei-me abalar minha crença no amor, o que deixei foi de acreditar em fidelidade (absoluta).
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
Amor e traição são duas faces da mesma moeda (parte 1)
Durante algum tempo vivi sentindo-me muito culpada com os erros e segredos que carregava por trás de um jeito tímido de boa menina. Achava eu que o mundo todo acertava, que eram todos muito bons naquilo que faziam, no casamento, no sexo, no amor, nos negócios. E talvez podia-se dizer que sim, eram bons em disfarçar que estava tudo bem. Que eram fiéis, que eram felizes, que eram inteligentes e bem sucedidos. Mas agora quase a beirar os trinta, vejo o quão boba era ao crer nos santos. Andar pelos altares a mendigar milagres...o que faziam eles para serem tão perfeitos? Todo mundo trai, todo mundo é falível, de uma maneira ou de outra, fisicamente ou em pensamento. Depois...deixei de acreditar em contos de fada e passei a acreditar em contos de foda ao ver que todas as minhas amigas traíram (seja em um período particular, seja regularmente), ao ver que todos os homens que me quiseram qual título de troféu, traíam suas esposas/namoradas regularmente, ao admitir que eu também traí. Não deixei de acreditar no amor e no casamento, talvez por ter uma cabeça mais masculina neste sentido, passei a enxergar as coisas como o são. O brilhante tom róseo deu lugar a minúsculas rachaduras em minhas lentes, e pelos pequenos frisos de múltiplas cores, fui entendendo que o amor, sentimento puro, construído e enraizado desde a infância entre bonecas assexuadas, nunca poderia existir de verdade. Este amor inocente é uma fantasia entre histórias inventadas por quem entendia pouco da vida. Finalmente, foi como deixar de esperar o papai Noel. Mas de maneira nenhuma deixei-me abalar minha crença no amor, o que deixei foi de acreditar em fidelidade (absoluta).
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olá nyne muito interessante este teu post. Eu vivi uma infancia em que traições, medos e confusões existiram há minha volta, para mim o difícil foi acreditar que há quem seja um nadinha diferente. o meu pai traiu a minha mãe várias vezes e nós miúdas nunca fomos poupadas aos pormenores, infelizmrnte.Lembro-me até de uma historia do meu tio que traiu a minha tia com uma irmã dela na cama lá de casa deles, onde ele dormia com a mulher. parece que a minha tia chegou um dia mais cedo a casa e apanhou-os. acreditas que eu tenho pânico que me aconteça algo parecido? e já me vi inconscientemente a ligar ao meu marido a dizer que vou a casa, tal é o medo de ver o que nunca teria volta?!
ResponderExcluirbjos
Maggie
Bah Maggie, deve ter sido complicado... eu fui poupada destes detalhes, mas mais tarde descobri que a minha mãe foi amante durante muitos anos do meu padrasto até finalmente casarem/viverem juntos quando eu tinha 8 anos. Eu e o marido somos muito sinceros um com o outro, embora não tenhamos um casamento aberto, a verdade que é houve erros por minha parte e quase um da parte dele, embora na história de um homem haja sempre um rastro de escapadelas, ele não é diferente do demais. No início isto doeu porque acreditava que os outros todos eram iguais, só ele não, mas enfim, acho que isto é a vida. Há muito queria falar sobre isto e há tanto o que falar...vou por capítulos hehe!
ResponderExcluirbeijinhos e obrigada pela partilha
Boa podemos continuar .... Hahaha
ResponderExcluirEu ainda hoje penso muito nisto, apesar de meu marido ser muito discreto também não acredito no pai natal mas o que sempre soube, a falta de inocência fez-me uma pessoa insegura e muito desconfiada. Beijinhos
Maggie
Há muitas pessoas em que a gente não pode confiar nelas. Eu,por acaso,sou uma rapariga cautelosa nesse aspecto. Confesso que já fui enganada umas três ou quatro vezes e uma delas foi uma compra muito grande na qual eu não quero falar. Eu,no meu caso,sou uma pessoa cheia de bons sentimentos mas há muita gente que não o é. Beijinhos fofinhos e bom resto de semana,um mês de dezembro fantástico para ti,fica com deus!!
ResponderExcluirGostei muito do que escreveu!
ResponderExcluirBeijos.