sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Eu devia ter nascido homem


Depois de um certo cansaço nesta montanha russa do humor, a qual costumo nomear "feminilidade", chego a conclusão mais lógica possível: devia ter nascido homem. Ou melhor, queria ter nascido. Que quero saber de uns pneuzinhos nos braços? É só por uma regata e fazer uma tatuagem de arame enfarpado à volta do braço e isto passa a ser sinônimo de macheza. Como assim não sirvo mais nas minhas calças se só engordei dez centímetros de perímetro abdominal?? É tão simples gente, é só colocar a calça um pouco maais para baixo, ali quase beirando a virilha e já está. Estrias? Tpm? Nada que uma lata de cerveja não resolva e ah, um jogo de futebol, pode ser até Paysandu e Rio Branco mesmo.  
Um homem não tem que preocupar-se com os cinco centímetros de cabelo a mais que lhe cortaram, afinal cabelo cresce... E até o Fabian nos seus três anos já sabe disto, olhou no espelho ontem e exclamou: meu cabelo tá legal! Não importa a porcaria que ficou. Ai...quanto a mim estou exausta de tanto drama, dos chiliques com a pia sempre limpa, os farelos em cima da mesa, as duas calças que (ainda) me servem. Chega! Dá para o Senhor botar um pirulim aqui hein? Trazer-me à santa ignorância das emoções, ao caminho da felicidade que todo mundo sabe que está nas coisas simples da vida...como coçar o saco?! Por favor! Por favor! Por favorzinho?? 

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