quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

As minhas pesquisas

Continuo tendo imensa dificuldade em encontrar literatura sobre a maternidade, não sobre o quanto é maravilhosa, um mar de rosas ou sobre padecer no paraíso. Tenho sentido dificuldade em encontrar sobre quando a maternidade "não dá certo", quando as mulheres não realizam-se neste novo papel. Será por serem poucas? Será por ser um estigma social moderno? Será pela falta de interesse sobre o assunto ou sequer ser lembrado e estudado com mais afinco? Enfim, hoje encontrei isto:

"É apenas no séc. XVIII (no último terço) que
se dá uma revolução de mentalidades que conduz
a uma alteração na imagem de mãe, no seu
papel e na sua importância.
Só após 1760 surgem publicações que recomendam às mães que cuidem pessoalmente dos
filhos e os amamentem elas próprias.
O séc. XIX é, consequentemente, um importante marco na origem de uma «nova mulher»:
educadora, mãe, criadora da sociedade futura.
Passou a esperar-se uma quase omnipotência
por parte da mulher.
Cria-se assim à mulher a obrigação de, antes
de tudo o mais, ser mãe.
Segundo Badinter (1980) este é o início do
mito que, ainda hoje, quase duzentos anos mais
tarde, continua vivo – o do amor maternal enquanto amor espontâneo."  (Grifo meu).

É apenas um começo. Quem tiver curiosidade, é um artigo que faz um panorama sobre a maternidade, é curto, mas interessante.
Podem conferir aqui.


5 comentários:

  1. Má mãe, não querer ser mãe, falhar no papel de mãe? Isso existe? Ah deve ser uma dessas mulheres-homens que não querem ser mães.
    Pois, o estigma de que a mulher tem de ser exímia no papel de mãe, não erra nunca e não pode dizer que não quer ainda hoje, sociedade que se diz aberta, olha de lado.
    Boa sorte na pesquisa, mas algo me diz que será pioneira na questão.
    Bjs

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  2. Nany, todas as semanas uma média de 7 pessoas digita no google "eu odeio ser mãe" e vem parar aqui no blog. Portanto existem. Não quer dizer que odeiam seus filhos, como já disse, isto é um sentimento de falhanço pessoal, odeiam é o papel de ser mãe.
    Isto devia ser estudado, acho que tens razão, se eu continuar no ramo da psicologia, seria um campo inexplorado e desafiador, mas tenho imensa curiosidade.
    beijinhos

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  3. tive a ler a tua pesquisa, é mt interessante mesmo...

    bjs
    Marina

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  4. Amiga no fundo acho que muitas mães se sentem assim ( eu tbm estou neste grupo) mas muitas ficam caladas com receio do que as pessoas vão falar, a sociedade é dura e hipócrita, só quem sabe oque é essa dor é quem realmente vive, por outro lado as próprias mulheres parecem " esquecer" do quanto sofreram com seus filhos depois que eles crescem, vejo exatamente isso com minha mãe que criou 4 filhos com a diferença de um ano cada um, com minha sogra, com minhas tias, elas falam que sentem saudades dos tempos que seus filhos eram pequenos... Será mesmo? Engraçado que quando falo as coisas que minha BB faz q me deixam louca elas me falam " menina imagine eu que tinha 3 crianças pequenas em casa nossa como sofri" pô perai mas vc mesma não sentiam saudades desses tempos de ouro? As vezes penso será que quando minha filha crescer e for adulta tbm serei assim?
    Bjs Paty
    Ameiiiij seu blog

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  5. Oi Paty, seja bem-vinda!
    Pois eu não sei, acho que as pessoas tendem a minimizar as coisas ruins e sõ lembrar das boas nestes casos. Na verdade a maternidade era uma experiência para valer a pena, porque apesar de tanto trabalho, de tantas mudanças no corpo e na rotina da mãe, aquele sorriso devia compensar alguma coisa. Mas e quando a gente sente que nao compensa?
    Já conhece o blog psicologia dialética? Mandei um mail falando sobre isto para ver se ela que é psicóloga com muito mais chão que eu pode nos dar uma luz. Espero que ela responda!
    Beijinhos

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