quarta-feira, 10 de abril de 2013

Isto de nomes

Ah a história dos nomes tem muito pano para manga, por exemplo, não gosto daqueles pais que dão os mesmos nomes para os filhos, que acabam por Fulano Filho ou Júnior. O que já se sabe é que o tal fulano será sempre chamado não pelo nome, mas pelo seu diminutivo: assim Paulo o pai e Paulinho o filho. Mariano e Marianinho (exemplo da minha família). Isto dá-me uma enorme má vontade, parece aquela história dos gêmeos em que as personalidades ficam difusas em roupas da mesma cor. Neste caso, a impressão é ainda pior porque remete à ideia de legado, de esperar que o filho carregue não somente o nome, mas a personalidade paterna e principalmente as suas qualidades. 
Outra coisa que me faz confusão é colocarem um nome e nunca o utilizarem porque preferem o apelido (em Portugal, alcunha). Dou um exemplo: tinha um conhecido português que era casado com uma brasileira, o nome do filho era Carlos Henrique, no entanto sempre, sempre mesmo, o chamavam de Kaíque. Perguntei porque não haviam posto Kaíque no menino, ao que me respondeu, veja bem, uma coisa é chegar na casa dos pais da namorada e dizer que se chama Kaíque e outra bem diferente é dizer que é na verdade Carlos Henrique. Putz, nem argumentei, melhor deixar para lá. Sério isto? Se tem tanto preconceito com o nome, talvez com aspeto brasileiro, então que chamassem de Carlos ou de Henrique.
Outra coisa que me irrita são as combinações, aquelas que não tem nada a ver, que combinam dois nomes muito fortes ou muito compridos, tais como Guilherme Francisco, Alexandre Daniel, Carolina Madalena, Sofia Gabriela. É ridículo porque só serve para contentar os dois pais ou seja lá quem bateu o pé para que se colocasse o nome no pobre do bebê. Mentira, também serve para personagens de novelas mexicanas e para saber se a mãe está falando mesmo sério. Se gritar Fernando Ricardo já sabem, vão correndo para casa que aí vem bronca. Os portugueses falavam muito dos nomes brasileiros (e com razão), no entanto, nada melhor que olhar para as listas de chamada e ver a imaginação do povo com as combinações de gosto duvidoso que eles fazem. 
Depois tem nomes que "caem" melhor nos ouvidos do que outros, não apenas por uma questão de familiaridade, como também da época em que vivemos. Tenho pena de quem se chame Maísa, Mafalda, Aloísio, Soraia. Soraia é triste porra...lembra mesmo uma vilã mexicana. 
E por fim, destesto pais que não tem o cuidado de conciliar o nome com o sobrenome, criando desta forma aliterações e casos um pouco vergonhosos. Tive um colega que era Gabriel Gabbardo, outro era Rodrigo Endrigo, uma atriz conhecida chama-se Thayla Ayala. Uma vez vi uma reportagem que os pais lutavam na justiça para porem o nome da filha de Amora Motta (em Minas Gerais, marmota é sinônimo de pessoa panca das ideias, meio burrinha). 
Não sei se mais tarde o Fabian vai gostar ou não do nome que demos, mas foi um nome que sempre esteve presente desde que namorávamos e não pensei em outro, mesmo que em Portugal não deixassem registrá-lo. Se ele reclamar, vou dizer o que o funcionário do cartório falou ao meu marido: porque não chamá-lo de Fabião? Ohh céus, ele vai me agradecer por ter deixado meio à francesa o seu nome.

4 comentários:

  1. Fabião? Será que o senhor pensava que iam registar um camião?
    Existem nomes que detesto, outros pelos quais sou apaixonada, outros que me fazem comichão porque já não se usam e as crianças serão sempre gozadas e nem quero saber se era o nome da quadrisavó, pessoa importante e tal. Também detesto que digam que têm de ter o nome deste e mais deste da família, o código genético não chega?
    A criança viverá para semrpe com aquele nome, aquele cartão de visita que será sempre seu por muitos que existam no mundo. Cada pais tem o seu grupo de nomes caricatos, em Portugal é muito comum o uso de dois nomes prórpios, paises anglo saxónicos já não, mas há quem chame de maçã e amora à filha e não como diminutivo carinhoso :)
    Uma coisa que também me faz espécie é pais que acham piada a ter o primeiro e último nome iguais como Mónica Mónica e Diogo Diogo, conheço ambos.
    Bjs

    PS Acertaste na mouche na pessoa que fez o comentário do aspirador

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  2. Sim Nany! Ele queria que colocássemos um nome português e o equivalente a Fabian seria Fabião! hehehe
    beijinhos

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  3. ai que horror Fabiao!!! pobre menino!! ah Fabian é mesmo meio frances, parece que ja estavam a adivinhar a possivel vinda para França eheheh

    Olha, eu me chamo Adelaide Marina!!! Pode uma coisa destas!!?? A burra da minha mae é que devia ter dado uma valente caganeira quando se lembrou de tal coisa!!!! Ou Adelaide ou Marina, ninguem, mas ninguem ( a nao ser os profs na escola) me chama pelo o primeiro nome e mais, mesmo eu so soube que me chamava de Adelaide quando cheguei a primeira classe, fiquei parva quando a prof me informou!!! Eu tinha 6 anos!

    Bjs
    Marina

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  4. Marina é um nome muito bonito, lembra o mar, praia, verão :)
    Sim, o homem do registro queria que aportuguesassemos o nome, por isto a sugestão. O marido depois me contou que ele já tinha complicado com o nome do filho de um casal angolano antes dele ser atendido.
    Olha isto é que um bom emprego para quem gosta de dar pitacos em nome!
    beijinhos

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